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Mercado Aberto
@ - Guilherme Barros
Skaf defende Mantega e ataca política de juros de Meirelles
O presidente da Fiesp, Paulo
Skaf, considerou pretensiosa a
declaração do presidente do
Banco Central, Henrique Meirelles, de que o efeito da política
monetária sobre a inflação
também contribuiu para a reeleição de Lula.
Na opinião de Meirelles, a
queda da inflação melhorou o
padrão de vida da população e
isso foi importante para a vitória de Lula. "É muita pretensão
dele [Meirelles] achar que os
méritos da vitória de Lula são
seus", diz Skaf.
Skaf acha exatamente o contrário. Para ele, Lula poderia
ter vencido a eleição no primeiro turno não fossem os exageros da política monetária. "O
equívoco da equipe do BC foi
que levou as eleições para o segundo turno", diz ele.
Segundo o presidente da
Fiesp, Lula foi eleito por seu carisma e por seus méritos na
condução de muitos programas
do governo. Skaf reconhece
muitos avanços, como a queda
do risco-país, mas não poupa os
baixos índices de crescimento,
e o responsável, a seu ver, foi o
Banco Central.
Para Skaf, no segundo mandato, Lula tem de perseguir o
crescimento de forma obsessiva, e, para isso, ele precisa escolher um ministério afinado
com esse objetivo. O presidente
da Fiesp defende a permanência de Guido Mantega, que está
alinhado com esses objetivos,
mas não diz o mesmo no caso
da atual diretoria do BC. "O
país não pode ter medo do crescimento, e toda a equipe do governo tem que estar focada nesse objetivo", diz Skaf.
Skaf, que recomenda abertamente a troca da diretoria do
BC, diz que, ao defender essa
obsessão ao crescimento, não
está propondo nenhuma aventura. "Aventura é pagar R$ 160
bilhões de juros e deixar de
criar 3 milhões de empregos."
Para Skaf, a inflação está controlada, na faixa de 3% ao ano, e
o país não pode aceitar taxas de
crescimento de 2,3% do ano
passado e abaixo de 3% neste
ano. Ele diz que o Brasil tem
condições de crescer de 5% a
6% ao ano, e só não o faz porque
há burocratas no governo, referindo-se ao BC, que têm visão
estreita sobre o crescimento.
"O governo precisa de pessoas
certas nos lugares certos."
NA BULA
A drogaria Onofre se prepara para abrir sua maior loja
ainda este ano. Em São Paulo, a quarta "megastore" da rede
vai ocupar cerca de 1.000 m2 em uma esquina da avenida Paulista. A drogaria também segue com seu processo de reinauguração de algumas unidades. Até o final de 2007, dez lojas terão
sido reformadas com projetos de arquitetura e paisagismo assinados por João Armentano e Gilberto Elkis. No mês passado,
as unidades da Cidade Jardim e do Morumbi, em São Paulo, foram reabertas com novo layout. "As lojas têm em média dez
anos. Para manter o padrão da rede, consideramos que já é
tempo de fazer uma remodelagem completa", afirma Marcos
Arede, diretor comercial da Onofre. Com mais de 70 anos e
cerca de 1.200 funcionários, a drogaria possui 32 unidades em
São Paulo e no Rio de Janeiro.
NOVA DIREÇÃO
Ramatis Rodrigues vai ocupar o cargo de novo diretor-executivo comercial de alimentos do Pão de Açúcar, ao lado de Cássio
Casseb, presidente do grupo. No comércio varejista, Rodrigues já
passou pela vice-presidência de empresas como C&A, Bompreço
e Sonae.
CAPTAÇÃO
O HSBC alcançou, nesta
semana, a marca de captação de US$ 1 bilhão de seu
fundo "offshore" Brasil, que
atrai recursos de investidores institucionais no exterior para aplicações na Bovespa, com a gestão da área
de "asset management" do
banco no país.
CONSTRUÇÃO
O nível de emprego da
construção pesada registrou
queda de 1,64% em setembro, com a demissão de 557
trabalhadores, em relação a
agosto. Segundo o Sinicesp
(Sindicato da Indústria da
Construção Pesada), no acumulado dos últimos 12 meses, houve uma redução de
0,42%. Em setembro de
2005, o setor empregava
33.619 trabalhadores. Em
setembro deste ano, as empresas do Sinicesp contabilizaram 33.478 empregados.
Em agosto de 2006, eram
34.035 trabalhadores empregados. Quando o estudo
começou a ser feito, em
1987, o setor empregava
mais de 130 mil pessoas.
Livro retrata intimidades da vida de Kasinsky
Sai nos próximos dias a
biografia não-encomendada
de um dos empresários mais
conhecidos do país, Abraham Kasinsky, fundador da
Cofap, que acaba de fazer 89
anos. Chama-se "Kasinsky,
Um Gênio Movido a Paixão"
(Geração Editorial, 613 páginas). O livro conta, em detalhes, que foi uma briga de
Kasinsky com os filhos que
levou o empresário a vender
a Cofap em 1997 para a italiana Magneti Marelli. Ele
vendeu com lágrimas nos
olhos. Outro ponto alto do livro é sua vida amorosa, também contada com riqueza de
detalhes. A autora Maria Lucia Doretto, sua secretária
por 29 anos, conta a vida de
Kasinsky, sob a forma de romance, desde a chegada dos
pais, imigrantes russos, ao
Brasil, passando pela juventude pobre, a paixão por motos e a relação com a política.
Para isso, entrevistou seus
admiradores e desafetos. O
volume tem prefácio de
Washington Olivetto, publicitário responsável pela adoção do cachorro daschund, o
"lingüiça", nos comerciais
da empresa.
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