São Paulo, segunda-feira, 02 de novembro de 2009

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Semana trará dados de juros, desemprego e setor industrial

IBGE divulga o resultado da produção industrial amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores terão nos próximos dias uma série de dados econômicos para avaliar, com destaque para números da indústria e do mercado de trabalho, além de reuniões dos principais bancos centrais do mundo.
Enquanto o mercado brasileiro estará fechado hoje, devido ao feriado do Dia de Finados, os americanos irão se deparar com relevantes números, que englobam gastos com construção e vendas de imóveis usados, além do índice de desempenho da indústria, medido pelo instituto privado ISM.
Na volta do feriado, os investidores brasileiros vão conhecer o resultado da produção industrial de setembro, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"A produção da indústria deve apresentar queda em torno de 8% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, ante recuo de 7,2% em agosto. A estimativa para o resultado anual é consistente com uma alta de 0,6% no dado mensal, após ter crescido 1,2% em agosto", avalia Elson Teles, economista-chefe da Concórdia Corretora.
Nos EUA, amanhã haverá a apresentação de dois importantes indicadores, que são os das vendas de veículos e os de encomendas da indústria.
A agenda esquenta na quarta-feira, especialmente nos EUA. O dia começa com a apresentação da pesquisa realizada pela consultoria ADP, que mostrará as vagas fechadas (ou criadas) no setor privado norte- -americano em outubro.
Também vai ser divulgado o resultado da pesquisa feita pelo ISM sobre o desempenho do setor de serviços no país.
Para fechar o dia, o Fomc -comitê do BC americano que define os juros- realizará sua reunião periódica, na qual decidirá o rumo da taxa básica na maior economia do planeta.
Os investidores são unânimes ao apontar que o Fomc irá manter a taxa básica inalterada em uma faixa que vai de 0% a 0,25%. De qualquer forma, o que interessa mesmo é a nota que o Fomc irá apresentar após seu encontro. Nesse documento, poderá haver sinais sobre o futuro dos juros nos EUA.
Na quinta-feira será a vez de o BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (sigla em inglês do BC britânico) definirem como ficam suas taxas de juros. No caso do BCE, espera-se que mantenha sua taxa de referência em 1% anual. Para o BoE, os investidores contam com a manutenção da taxa em 0,50%.
Enquanto os juros nas principais economias do mundo estão em seus mais baixos patamares históricos, os investidores ficam mais dispostos a correr riscos nas Bolsas de Valores. Quando essas taxas voltarem a subir, são grandes as chances de as Bolsas perderem investimentos para as aplicações de renda fixa.

Desemprego
No último dia da semana, os EUA retornam ao centro das atenções. Os dados sobre o mercado de trabalho em outubro são destaque na sexta-feira.
Os americanos irão conhecer como se comportou a taxa de desemprego no país no mês passado. A expectativa ainda é de elevação na taxa, de 9,8% em setembro, para 9,9%. O índice registrado em setembro já representou o maior patamar desde junho de 1983. O fechamento de vagas ocorreu pelo 21º mês consecutivo.
Enquanto os EUA não voltarem a criar postos de trabalho, a sombra da crise ainda vai assustar e desestimular o mercado. A cada sinal econômico desfavorável, como ocorreu com a queda na confiança do consumidor americano na semana passada, as Bolsas tendem a responder negativamente.


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