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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
País será base para múlti do setor de papel
Na semana em que a legislação ambiental foi apontada como um entrave ao crescimento
econômico do país, a International Paper, uma das maiores
fabricantes de papel do mundo,
recebeu ontem do governo de
Mato Grosso do Sul a licença
ambiental de instalação das fábricas de papel e celulose na região de Três Lagoas.
Trata-se de um investimento
de US$ 1,5 bilhão, um dos maiores do país, para a construção
das duas fábricas, que deverão
ser concluídas em dois anos. "O
dinheiro já está disponível no
país e, na semana que vem, vamos começar as obras na região", diz Máximo Pacheco,
presidente-executivo da IP do
Brasil. Serão contratados 7.000
empregados.
Apesar das críticas em torno
da questão ambiental, Pacheco
diz que a empresa não tem
queixas do processo para a obtenção da licença. O processo
demorou um ano, um tempo
que Pacheco considera razoável para avaliar as implicações
ambientais de um investimento dessa proporção.
Segundo Pacheco, no mundo
de hoje essas questões que envolvem o ambiente têm mesmo
de ser analisadas com muito
cuidado. "São assuntos delicados que precisam ser tratados
com muita responsabilidade e
profissionalismo", diz.
O objetivo da IP, ao realizar
esse investimento, é transformar o Brasil na plataforma de
produção de papel da companhia para toda a América Latina. Nascida há 106 anos nos
EUA, a IP é uma das maiores
empresas de papel do mundo.
Ela fatura US$ 25 bilhões ao
ano, tem 80 mil empregados e
está fincada em 42 países.
No Brasil, a IP está presente
há 45 anos -antes chamava-se
Champion. A empresa é especializada em papel para impressão (Chamex). O projeto de
investimento da fábrica de papel no país existe há cerca de 15
anos, mas só deslanchou nos
últimos três.
A operação da IP prevê, em
fevereiro de 2007, uma troca de
ativos com a VCP (Votorantim
Celulose e Papel). A IP irá trocar a floresta e a unidade de celulose que será construída em
Três Lagoas pela fábrica de papel da VCP na região de Luís
Antônio, em São Paulo.
Ao final da operação, a IP ficará com duas fábricas de papel, uma em Mato Grosso do
Sul e outra em São Paulo. A
VCP irá fornecer a celulose para a companhia. O objetivo da
IP é de produzir 1 milhão de toneladas de papel por ano.
Golfe começa a ser usado para relacionamento
Muito popular nos Estados Unidos, e ainda pouco
conhecido no Brasil, o golfe
começa a ser usado como
ferramenta de relacionamento no meio empresarial.
Um exemplo dessa nova
tendência é o Circuito Empresarial de Golfe, que acontece anualmente, com dez
etapas, em São Paulo. A última delas, da Pfizer, foi encerrada ontem.
Para Luisa Coteccia, diretora da Befit, que organizou
a última etapa, o esporte é
um dos mais propícios para
fazer negócios. "Pela própria
natureza do esporte, em que
cada um joga de uma vez, depois comenta a tacada. Muitas vezes, negócios que levam inúmeras reuniões para
acontecer, são fechados em
uma só partida", diz.
BORBULHAS
Esteve no Brasil, na última semana, a francesa Beatrice
Cointreau, proprietária da casa de champagne francesa
Gosset. O motivo da visita é a comemoração de uma década de negócios no país: a Champagne Gosset começou a
ser importado pelo Brasil há dez anos, pela Expand, que o
considera uma das estrelas de seu portfólio. Com 422
anos, a Gosset é uma das "maisons" mais antiga da região
de Champanhe. É presidida, desde 1993, por Cointreau,
que imprime uma gestão focada na produção de grandes
cuvées e dos champagnes safrados elaborados em terrenos grand cru. Já o sobrenome, Cointreau, foi herdado do
pai, descendente do criador do famoso licor.
CONSIGNADO
O crescimento vertiginoso do crédito consignado
provocou um congestionamento na Dataprev. Nos últimos dias, cerca de 120 mil
aposentados não conseguiram a liberação de seus pedidos de financiamento, após
os bancos terem dado o sinal
verde. É que para verificar se
o aposentado está dentro do
limite permitido pela lei, a
Dataprev é acionada antes
da liberação do dinheiro. O
medo é de um apagão no
consignado, um dos mais
bem-sucedidos programas
do governo Lula.
NO CÉU
A Gol acaba de receber a
60ª aeronave de sua frota,
composta por aviões
Boeing-737. Até o fim do
ano, outras cinco aeronaves
deverão ser incorporadas à
frota da empresa, ampliando
as operações diárias para
600. Atualmente são 530.
ALIANÇA
Os escritórios Veirano Advogados e o canadense Mac-Leod Dixon acabam de firmar aliança para atuação
nas indústrias de petróleo,
gás e mineração.
GUERRA FRIA
A Schincariol ultrapassou
a Femsa no valor médio por
litro de cervejas comercializadas no mercado nacional,
em outubro, passando a ocupar o segundo lugar no ranking, de acordo com o Instituto ACNielsen. O crescimento foi de 0,57% no mês.
"BARBATANA"
A Skol estréia hoje novo
filme de verão produzido
com feitio caseiro. A idéia é
mostrar histórias que serão
contadas futuramente aos
netos dos protagonistas. A
primeira peça, denominada
"Barbatana", mostra um
grupo de amigos brincando
de assustar os companheiros com a câmera na mão.
Durante todo o filme, criado
por Fábio Fernandes, presidente e criativo da F/Nazca,
a marca Skol não é mencionada. A assinatura da peça é:
"O Verão é Agora. Tá Redondo? Yeah Yeah".
ENERGIA 1
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) chamou, informalmente, a
Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de
Energia) para ajudar a modificar a resolução 456, que
trata da relação das distribuidoras com seus consumidores, estabelecendo deveres e obrigações para ambos.
A Abradee é parte diretamente interessada em modificações no texto.
ENERGIA 2
A Eletrobrás começou a
vender a energia gerada por
três usinas participantes do
Proinfa (programa de incentivo de fontes alternativas),
na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica). Duas são termelétricas a bagaço de cana, Giasa II (20 MW) e Volta Grande (MG, 30 MW). A terceira,
Winimport (PR, 7 MW), utiliza cavaco de madeira.
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