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Com recessão, economia dos EUA agora exporta desemprego
DA BLOOMBERG
Já houve tempo em que os
Estados Unidos exportavam
empregos. Atualmente, o país
está exportando desemprego.
A recessão nos EUA, que está
se agravando e que já custou 1,2
milhão de postos de trabalho
neste ano, tem grande efeito no
exterior. A redução da demanda do consumidor americano
por importados e a menor necessidade das empresas do país
terceirizarem estão deixando
sem emprego trabalhadores da
alemã Porsche SE e das empresas chinesas que fabricam brinquedos para a Mattel Inc.
Segundo economistas, o desemprego mundial pode aumentar para o seu nível mais alto em duas décadas, por conta
das restrições ao comércio e
aos investimentos.
""Da mesma forma que apoiávamos a atividade econômica
quando crescíamos rapidamente, a recessão dos EUA vai
pesar, arrastar a economia
mundial e vai reduzir o emprego nos nossos parceiros comerciais", diz Lewis Alexander,
economista-chefe do Citigroup
Inc. em Nova York.
"Milhões" de demissões podem se seguir em 2009, ""se não
agirmos com rapidez e ousadia", disse o presidente eleito
Barack Obama, no último dia
24. Ele pretende implementar
um plano para criar 2,5 milhões
de empregos nos seus dois primeiros anos de mandato.
Não apenas nos EUA
""Essa não é, de forma alguma, uma história restrita aos
EUA", diz David Hensley, diretor de coordenação econômica
mundial no JPMorgan Chase &
Co. em Nova York, cuja expectativa é de que o desemprego
aumente nos países desenvolvidos e nos emergentes.
Em todo o mundo, a taxa de
desemprego pode superar os
7% até 2010, depois de se manter entre 5% e 7% por duas décadas, disse Kathleen Stephansen, economista-chefe para
mundo do Credit Suisse Holdings USA Inc. em Nova York.
O desemprego na Alemanha,
o país que mais exporta no
mundo, pode crescer, depois de
cair por 32 meses consecutivos,
na mais longa queda desde a
reunificação, em 1990.
Também estão sendo atingidos pela crise americana países
como a China, que, com seus
custos mais baixos, atraíram
empresas dos EUA para fabricarem seus produtos. O desemprego urbano da China pode
crescer a 4,5 % até o fim deste
ano, contra os atuais 4%.
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