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Volvo demite
430 em fábrica
de Curitiba
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Em meio ao desaquecimento das vendas de veículos no Brasil e à ampliação
das férias coletivas concedidas pelas montadoras, a Volvo anunciou ontem a demissão de 430 funcionários da
sua fábrica de caminhões de
Curitiba (PR). É o primeiro
corte de empregos no setor
automotivo do país desde o
início da crise financeira internacional.
Na sexta-feira, a Volvo já
havia anunciado a demissão
de 102 dos 700 trabalhadores
de sua unidade em Pederneiras (320 km a noroeste de
São Paulo), onde são produzidos equipamentos de construção, como carregadeiras.
O objetivo, segundo a empresa, é reduzir a produção em
30%, devido, principalmente, à queda nas exportações.
Por meio de sua assessoria,
a Volvo informou que, dos
430 demitidos em Curitiba,
250 são funcionários com
contratos temporários de
trabalho, que não serão renovados. Os outros 180 eram
efetivos. A planta vai passar a
ter 2.410 empregados, número ligeiramente maior do
que o verificado em dezembro de 2007 (2.393)
Com os cortes, a produção
diária vai cair de 77 para 54
caminhões. Ali também são
fabricados chassi de ônibus e
blocos de motores.
A Volvo apontou como razões para o corte de empregos o desaquecimento das
vendas internas, a redução
das exportações e a previsão
de que o mercado brasileiro
de caminhões terá uma retração de 20% em 2009.
"Não resta dúvida de que a
crise internacional é grave.
As demissões, que seriam o
último recurso das empresas, já estão acontecendo no
setor e a nossa preocupação é
muito grande. A avaliação é
que, se o mercado não voltar
a se aquecer até março, a situação deve se complicar",
disse ontem o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba,
Nelson Silva de Souza.
Férias coletivas
Entre as montadoras de
carros, as férias coletivas
anunciadas para novembro e
dezembro já atingem pelo
menos 47 mil trabalhadores.
O número corresponde a
41,6% do total de funcionários do setor (113 mil).
Na sexta-feira, foi a vez da
GM anunciar férias em São
José dos Campos. Segundo o
sindicato dos metalúrgicos,
1200 trabalhadores devem
ser atingidos.
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