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Meirelles aponta demanda em alta na economia
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem, após reunião com
os presidentes dos BCs do Mercosul, Chile, Bolívia e Peru, que
a demanda no Brasil está em
crescimento e que por isso a expectativa é de continuidade do
crescimento da oferta no país.
Meirelles não comentou diretamente a ata da reunião da
semana passada do Copom
(Comitê de Política Monetária
do BC), divulgada anteontem,
mas o tom foi o mesmo. A recuperação nas vendas do varejo é
um dos pontos usados na ata
para justificar a redução no ritmo da queda nos juros.
"A demanda agregada está
crescendo, em razão da alta na
renda, no emprego e no crédito.
Dessa forma, a oferta pode continuar crescendo de forma consistente", declarou o presidente do BC, que fez um balanço
sobre a economia mundial, dos
EUA e da América Latina.
Segundo ele, a economia
mundial deve passar por desaceleração neste ano, mas o cenário ainda é favorável. Quanto
à economia americana, Meirelles avaliou que também deve
passar por um desaquecimento, por conta do setor imobiliário, mas de forma suave. "Espera-se uma transição suave",
disse o presidente do BC, destacando que há sinais de que o
ajuste do mercado imobiliário
começa a se estabilizar.
Ele afirmou ainda que "a opinião geral", entre os presidentes dos BCs presentes à reunião
de ontem, é que os países da
América Latina podem dar
continuidade à aceleração de
seus crescimentos econômicos.
A 11ª Reunião de Presidentes
dos Bancos Centrais do Mercosul, Chile, Bolívia e Peru, que
ocorreu em SP, discutiu a importância da transparência na
política monetária e a governança corporativa nos BCs.
Uso de moedas locais
Após o encontro, Meirelles
participou de uma reunião com
o presidente do banco central
argentino, Martin Redrado, para discutir a implementação do
uso de moeda local nas transações entre Brasil e Argentina.
O Brasil e a Argentina desenvolvem uma proposta para deixar de utilizar o dólar nas transações comerciais e passar a
compensá-las nas moedas locais dos dois países. Esse processo será sistematizado e implementado neste ano.
Entre as vantagens, de acordo com o Banco Central, estão a
redução de custos para importadores e exportadores e o fato
de o empresário, em uma transação comercial com o país vizinho, não ter que abrir um
contrato de câmbio.
(MAELI PRADO)
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