São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2008

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Mercado da Europa encosta no americano

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudo do McKinsey Global Institute mostrou que, enquanto em 1990 só 33 países tinham ativos financeiros que excediam o valor de seus PIBs (Produto Interno Bruto), em 2006 já eram 72 países.
Mesmo assim, os Estados Unidos permanecem como o mercado mais líquido do mundo, com US$ 56 trilhões em ativos financeiros, o que representa quase um terço do total movimentado.
A Europa vem, no entanto, aproximando-se cada vez mais rápido dos Estados Unidos. Com o Reino Unido, os ativos financeiros europeus chegam a US$ 53,2 trilhões. Além disso, o euro começa a aparecer pela primeira vez como um rival para a moeda norte-americana.
"Em 2007, o valor do euro em circulação ultrapassou o das notas de dólar pela primeira vez", escrevem os pesquisadores do McKinsey. "O euro também se tornou a moeda preferida para a emissão de títulos."
Já os mercados financeiros dos países emergentes têm crescido mais do que o dobro dos desenvolvidos. Enquanto os emergentes aumentaram seus ativos financeiros em 21%, nas economias estabilizadas eles cresceram 8%.
Apesar de esse tipo de ativo ter crescido 23% em 2006 na América Latina, a região responde por apenas 4,2% dos US$ 167 trilhões movimentados globalmente.
Na região, o peso desses ativos também é menor do que no resto do mundo. Eles equivalem a um PIB e meio.
De acordo com Reinaldo Gonçalves, professor de economia internacional da UFRJ, outro aspecto importante abordado pela pesquisa é que o Brasil é o único entre os países emergentes que tem um passivo (dívida) externo líquido relevante, que beira os US$ 400 bilhões.
Também é o único exportador líquido de capitais. "É o que acontece quando um país pobre mantém por tanto tempo as maiores taxas de juros do mundo", diz ele. (CB)


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