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Apenas Ásia não reduz compras do Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com queda de demanda e
concorrência internacional
mais acirrada, os exportadores
brasileiros perderam mercado
em janeiro. O país vendeu menos a todos os seus destinos de
exportação, exceto para a Ásia.
A maior queda de exportações foi para a Argentina. Um
dos principais parceiros comerciais do Brasil, ela comprou
48,4% a menos do país em janeiro (US$ 641 milhões) em relação ao mesmo mês de 2008.
O corte na produção industrial argentina, em especial da
indústria de veículos, foi responsável pela redução das exportações brasileiras. O secretário de Comércio Exterior do
Mdic, Welber Barral, explicou
que a corrente de comércio entre os dois países está muito
concentrada no setor automobilístico. Por isso, as importações também caíram 43%.
"A nossa preocupação é muito grande com a Argentina,
com grande queda de demanda.
Não dá para obrigar o país a
comprar", disse.
Os EUA continuam o maior
comprador do Brasil, mas a retração da economia americana
gerou queda de 36% das exportações brasileiras ao país, para
US$ 1,1 bilhão. Já as importações aumentaram 10%. Com isso, o déficit foi de US$ 843 milhões num único mês.
"Corremos o risco de déficit
histórico com os EUA, caso o
governo não priorize o comércio com países desenvolvidos",
disse José Augusto de Castro,
diretor da AEB (Associação dos
Exportadores do Brasil).
O último déficit anual no comércio com os EUA foi em
1999, e o pior resultado na balança entre os dois países foi
em 1997, com déficit brasileiro
de US$ 4,4 bilhões. Barral argumentou que as exportações
brasileiras caíram menos que
em outros países da América
Latina, como Chile e México.
Segundo ele, ambos são mais
dependentes dos EUA.
A Ásia foi a única região do
mundo que comprou mais do
Brasil em janeiro, com expansão de 14%, puxada por minério
de ferro, açúcar e celulose. As
vendas para o mercado chinês
cresceram 8,9% em comparação com janeiro de 2008.
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