São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2009

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Na era Coutinho, banco ajuda consolidação de grandes grupos

DA SUCURSAL DO RIO

Conhecido como hospital de empresas na década de 1980 e responsável pela condução do processo de privatizações nos anos 1990, o BNDES se dedica agora a consolidar a criação de grandes grupos econômicos em setores considerados estratégicos pelo governo. Um dos principais interlocutores do presidente Lula, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tem participado ativamente de negociações como a compra da Brasil Telecom pela Oi.
Desde 2007, o BNDES já capitalizou a JBS para a aquisição da Swift & Co., retomou os planos de criação de uma grande empresa brasileira farmacêutica, apoiou a fusão da Totvs com a Datasul e mais recentemente anunciou apoio de até R$ 2,4 bilhões para a compra da Aracruz pela Votorantim.
Para Francisco Gros, ex-presidente do banco, o BNDES deve estimular a criação de grupos competitivos capazes de concorrer de igual para igual com os estrangeiros.
Questionado sobre qual é o critério do banco para definir a alocação de capital, Coutinho afirmou que se baseia na competência e na competitividade. Um ex-diretor, que pediu para não ser identificado, ressaltou que o banco precisa explicitar melhor seus critérios.
Para Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-dirigente do BNDES, o banco deveria concentrar esforços no financiamento do comércio exterior e do investimento privado.


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