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CNI defende intervenção do BC no câmbio e vê risco de calote
da Sucursal de Brasília
A CNI (Confederação Nacional
da Indústria) defende, em seu informe econômico, as intervenções
do BC (Banco Central) no mercado de câmbio e diz que uma nova
alta das taxas de juro acentuaria a
percepção de risco sobre calote da
dívida.
"Cabe notar que as taxas de juros
reais praticadas no Brasil já são
muito elevadas", diz a CNI. Amanhã o Copom (Comitê de Política
Monetária) do Banco Central se
reúne para definir a trajetória dos
juros até 14 de abril.
De acordo com a CNI, se o BC subir os juros, sinalizará ao mercado
que espera alta da inflação e fomentará práticas de indexação aos
juros.
"O temor maior é que a indexação, adormecida pelos quatro anos
de inflação cadente e muito baixa,
possa ser reativada, se o câmbio se
mantiver elevado por um prazo
muito longo", diz a CNI em seu informe econômico.
Os juros básicos da economia, a
taxa Selic (definida em empréstimos de um dia entre bancos), hoje
estão em 39% anuais.
Considerando alguns índices de
inflação de fevereiro, os juros foram negativos no mês passado, o
que pode se repetir em março.
Considerando uma expectativa de
inflação de 11% para o ano (do governo), os juros reais estão positivos.
Teoricamente, a Selic pode subir
a até 41%, percentual em que está
fixada a Tban (Taxa Básica do BC),
o teto dos juros. O Copom se reúne
para decidir o que deve fazer com a
Tban.
Excesso
A CNI defende uma "atuação direta" do BC no mercado de câmbio, para evitar que os compromissos externos que vencem em março façam a cotação do dólar subir
excessivamente.
"Parece lícito esperar a continuidade ou até o agravamento da situação de desequilíbrio no mercado cambial nos próximos 30 dias",
diz a entidade.
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