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Trabalhador perdeu 0,5% da renda em 98
da Sucursal do Rio
O rendimento médio real (descontada a inflação) das pessoas
ocupadas em 98 registrou queda
de 0,5% em relação a 97. Foi a primeira redução apurada pelo IBGE
desde 92, quando houve queda de
8% sobre 91. A correção dos valores é feita pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Os trabalhadores com carteira
assinada tiveram perda de rendimento de 0,1%, e os sem carteira
assinada conseguiram aumentar a
renda em 0,5%. Já quem trabalhou
por conta própria fechou 98 com
perda de 4,1%, no ganho médio.
Para Shyrlene Ramos de Souza,
do IBGE, a tendência para 99 é de
aumento na queda do rendimento
do trabalho. "A situação está difícil, e as pessoas estão negociando a
manutenção de outros benefícios,
em vez de aumento de salário."
Caso a expectativa de redução da
renda em 99 se confirme, os anos
90 vão terminar como começaram
em termos de rendimento do trabalho: em queda. De 90 a 92, o rendimento no trabalho teve queda de
37,73%, sendo o pior resultado o
de 91 (menos 17% sobre 90).
A partir de 93 os rendimentos
iniciaram uma recuperação do valor real que, até 97, superou as perdas do período anterior, alcançando elevação acumulada de 39,97%.
Em 97, já com os efeitos da crise
da Ásia, a renda do trabalho aumentou apenas 2%.
Entre as seis regiões pesquisadas,
a maior queda do rendimento em
98 foi registrada em Belo Horizonte, com perda de 2,8%. São Paulo e
Salvador registraram os únicos resultados positivos, com altas de
0,2% e de 0,3%, respectivamente.
Recife registrou queda de 1%; Porto Alegre, de 0,9%; e Rio, de 0,1%.
Por setor de atividade, a maior
queda do rendimento em 98 foi registrada na construção civil, com
5,6%. O comércio teve perda de
4,9%, e a indústria de transformação, de 0,4%. O setor de serviços foi
o único a apresentar crescimento
da renda, com 0,9%.
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