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Banco Mundial propõe "New Deal" agrícola
DE WASHINGTON
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, fez um
apelo para que os países acabem com o impasse na Rodada
Doha de liberalização comercial, iniciativa tomada em 2001
pela Organização Mundial do
Comércio e que não progrediu
significativamente até agora.
"Há um bom acordo na mesa. É
agora ou nunca", disse Zoellick.
O ex-negociador de Comércio Exterior dos EUA, que já foi
chamado de "sub do sub do
sub" pelo presidente Lula, disse
ainda que o diretor-gerente da
OMC, Pascal Lamy, pretende
realizar uma reunião com os
ministros representantes dos
países na Rodada nas próximas
semanas e que "esse era o momento de decisão". O tema deve ser um dos principais dos
Encontros de Primavera do
FMI e do Banco Mundial, no
fim de semana que vem, em
Washington.
Zoellick falou de Doha no
contexto do que chamou de
"New Deal" (novo acordo, em
inglês) para a política alimentar global, referindo-se ao conjunto de políticas implantado
pelos EUA durante a Grande
Depressão. Para o americano, o
acordo comercial poderia ser
usado para baratear os preços
dos alimentos exportados para
países em desenvolvimento.
"Os pobres precisam agora
de preços mais baixos de alimentos", afirmou. "Mas o sistema mundial de comércio de
agricultura está preso ao passado. O momento de cortar subsídios distorcidos e de abrir os
mercados para a importação de
alimentos é agora."
Segundo sua proposta, que
chamou de "ambiciosa", as reduções das tarifas na agricultura e em bens industriais deverão seguir uma fórmula segundo a qual quanto mais alto o incentivo do governo à agricultura, maior a redução.
Para que o projeto saia do papel, Zoellick exortou pela mobilização de diversos parceiros,
entre eles "países de grande experiência agrícola, como o Brasil".
(SD)
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