|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMÉRCIO EXTERIOR
Saldo fica em US$ 3,097 bi em abril
Superávit da balança comercial tem 1ª queda mensal desde 2001
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O crescimento da economia
mundial ainda puxa as exportações brasileiras para níveis recordes, e o dólar barato continua a
estimular as importações. Apesar
dessa contínua expansão do comércio exterior, porém, alguns
números já indicam que o saldo
da balança não está mais crescendo na mesma intensidade.
Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, o país exportou, em média, US$ 544,7 milhões por dia no
mês passado, maior resultado nas
estatísticas do governo. Já a média
diária das importações ficou em
US$ 372,6 milhões, valor recorde.
Ainda assim, o saldo da balança
comercial de abril, de US$ 3,097
bilhões, ficou abaixo do superávit
registrado em abril de 2005, que
ficou em US$ 3,87 bilhões. Foi a
primeira vez, desde julho de 2001,
que o resultado de determinado
mês fica abaixo do resultado do
mesmo mês do ano anterior.
Para Armando Meziat, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, os
números da balança no mês passado são positivos, mas "possivelmente" sinalizam que o saldo comercial não deve continuar crescendo de forma significativa.
Entre janeiro e abril, o superávit
comercial foi de US$ 12,438 bilhões, 2,1% acima do de 2005.
Para José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), os números recordes do comércio exterior são bons, mas o
dólar barato prejudica a exportação de industrializados, como automóveis, e também afeta as empresas nacionais devido à maior
concorrência dos importados.
Para Meziat, o crescimento das
importações significa que as empresas instaladas no país estão
aproveitando o câmbio favorável
para comprar novas máquinas e,
assim, modernizar sua produção.
No mês passado, a importação de
bens de capital somou US$ 1,448
bilhão, valor 25% maior do que o
registrado em abril de 2005.
Projeção
Pela quinta semana seguida,
analistas de mercado consultados
pelo BC reduziram suas projeções
para a inflação deste ano. Na última pesquisa, feita na sexta-feira, a
estimativa para o IPCA era de
4,36% (meta de 4,5% para o ano).
Os analistas ainda acreditam em
queda de 0,75 ponto na Selic na
próxima reunião do Copom.
Texto Anterior: País amplia relações e se afasta de sócios Próximo Texto: Telefonia: Acordo entre italianos e Dantas chega ao fim Índice
|