São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mercado vê caso particular, e não consolidação

DA REPORTAGEM LOCAL

O negócio fechado entre o banco Itaú e o Bank of America não significa uma retomada do processo de consolidação bancária no país. "Este foi um caso particular em que o Bank of America não vende ativos, mas busca uma parceria e uma presença no mercado brasileiro, a exemplo do que fez no México e na China", diz Roberto Setúbal, presidente do Itaú.
Segundo ele, há poucos bancos no mercado local e seus acionistas não estão dispostos a vendê-los. Nas últimas semanas, entretanto, uma profusão de boatos circularam no setor dando conta de que outras transações estariam sendo armadas.
O UBS (União de Bancos Suíços) estaria negociando a compra do Pactual, segundo diversas fontes do mercado. Outros bancos de varejo - de médio e grande porte- também estariam sendo analisados por bancos estrangeiros.
Alguns especialistas, entretanto, dizem que não há um cenário favorável à consolidação bancária. Com o processo de queda dos juros e estabilidade econômica, a tendência é a expansão do setor bancário e cada instituição busca crescer organicamente, ampliando seus próprios negócios.
O setor trabalha na perspectiva de o Brasil tornar-se "investment grade" (grau de investimento) e, quando isso ocorrer, acredita-se que os bancos estrangeiros presentes no país melhorarão sua capacidade de competir, pois podem oferecer aos clientes acesso ao mercado internacional. Nesse sentido, parcerias como a firmada entre Itaú e Bank of America ganharão importância. (SB)


Texto Anterior: Aquisição: Itaú compra BankBoston por US$ 2,2 bi
Próximo Texto: Crise no ar: Varig desvia avião e evita arresto de turbina
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.