|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dia das Mães puxa vendas em abril em São Paulo
No mês passado, consultas ao SPC cresceram 7,5%, e ao Usecheque, 6% ante igual mês de 2006, segundo a ACSP
Número de carnês em atraso sobe 9,2% em abril sobre igual mês de 2006;
inadimplência é a mais alta para esse mês desde 2002
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
O Dia das Mães puxou as vendas do comércio em São Paulo
no final de abril. No mês passado, as consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), indicador das vendas a prazo, subiram 7,5%, e, ao Usecheque,
termômetro das vendas à vista,
6%, sobre igual mês de 2006.
Essa expansão, segundo informa a Associação Comercial
de São Paulo (ACSP), que administra os dois serviços, superou
as expectativas dos lojistas. No
primeiro trimestre, as consultas ao SPC subiram 4,7%, e, ao
Usecheque, 3,4% sobre igual
período do ano passado.
"Na nossa avaliação, houve
antecipação de compras para o
Dia das Mães nos últimos dias
de abril", afirma Emílio Alfieri,
economista da ACSP.
A inadimplência voltou a subir em abril. O número de carnês em atraso aumentou 9,2%
no mês passado em relação a
igual mês de 2006. E o número
de carnês em atraso que foram
quitados subiu 3,7%, no período. "A inadimplência continua
subindo, mas os números ainda
não são alarmantes", diz.
Em abril, segundo cálculo da
associação, de cada 100 carnês
emitidos, 8,1 têm prestações
em atraso. Em março, eram 7,1
carnês; em fevereiro, 6,3 carnês
e, em janeiro, 5,6 carnês. Em
abril do ano passado, eram 6,8
carnês em atraso. "O que dá para dizer é que a inadimplência
de abril é a mais alta do mês de
abril desde 2002, quando chegou a 9,4 carnês em atraso a cada cem carnês emitidos", diz.
O crescimento nas vendas
em abril pode ter sido pontual,
na avaliação de Alfieri, o que seria reflexo da antecipação de
compras para o Dia das Mães.
"Não dá para dizer que a expansão de vendas é tendência.
O comércio deve vender neste
ano entre 5% e 6% a mais do
que em 2006, na média dos dois
serviços [SPC e Usecheque]."
No ano passado, as consultas ao
SPC e ao Usecheque cresceram
4,5% em relação a 2005.
As vendas de automóveis e
comerciais leves também cresceram em abril sobre abril de
2006 -alta de 36,6%, de 124,3
mil unidades para 169,9 mil
unidades. Na comparação com
março, houve queda de 7,5%,
segundo informa a Fenabrave,
federação dos distribuidores de
veículos. Para a federação, a
queda nas vendas de abril em
relação a março é reflexo do número menor de dias úteis no
mês passado -20 dias em abril
e 22 dias em março.
"Não há dúvida, desde meados do ano passado o consumo
está em recuperação, que é lenta, gradual, suave, mas progressiva", afirma Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.
Essa recuperação, na sua
avaliação, é reflexo do crescimento da massa salarial, da
queda dos juros e do alongamento dos prazos de financiamento. "Estamos diante de um
cenário auspicioso."
Para Silveira, porém, o país
não tem estrutura para dar arrancada maior do que a que se
verifica atualmente nas vendas.
"Os juros ainda são elevados. O
emprego cresce, mas não na velocidade que o país precisa."
Texto Anterior: Petrobras quer produção em Santos até 2010 Próximo Texto: Indústria reforça recuperação, diz sondagem Índice
|