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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor elétrico quer reforma tributária
O Instituto Acende Brasil
(que reúne investidores em
energia) vai propor reforma tributária do setor elétrico aos
candidatos à Presidência da
República. A ideia é mudar a
forma de cobrança do ICMS, do
PIS e da Cofins na conta de luz.
No caso do tributo estadual
ICMS, que pode variar entre
25% e 35%, a depender do Estado -sem considerar o chamado
"cálculo por dentro", que eleva
a tributação para níveis entre
33,3% a 53,8% da conta-, a
proposta é reduzir de maneira
gradual o peso do imposto até
2010 e atingir o nível de 12%.
A ideia é evitar, por exemplo,
a cobrança de ICMS sobre contas não pagas. Prefeituras não
pagam contas de luz, mas contribuem no consumo para elevar sua participação na fatia
distribuída do ICMS. Outra
proposta é excluir valores dos
encargos do sistema no cálculo
do ICMS, como ocorre hoje.
No PIS e na Cofins, o setor
quer voltar ao regime cumulativo, forma anterior à mudança
de 2004. A alteração resultou
em elevação da alíquota sobre o
setor, que era de 3,65%. Hoje,
supera 8%. O setor elétrico
também pede exclusão dos encargos embutidos na conta do
cálculo do PIS e da Cofins.
Para Claudio Salles, presidente do instituto, os gestores
dos encargos cobrados na conta
de luz devem dar mais transparência à aplicação dos recursos.
O setor considera obscuro o
destino de boa parte do valor
arrecadado dos consumidores.
A organização cita, por exemplo, o encargo que financia a
compra de combustíveis para a
geração térmica em sistemas
isolados, as dúvidas sobre a
prerrogativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico em
gerar com térmicas a gás natural ou mesmo o destino dado
pela Eletrobras para o fundo
Reserva Global de Reversão, o
encargo mais antigo do setor
elétrico que hoje financia projetos como o Luz Para Todos.
Seguro rural cresce, mas enfrenta gargalo
Apesar do aumento do
mercado de seguro rural no
ano passado, o setor ainda
enfrenta gargalos.
Na avaliação do economista Pedro Loyola, da Faep
(Federação da Agricultura
do Estado do Paraná), o governo precisa disponibilizar
mais recursos para o programa de subvenção e aprovar
no Congresso o Fundo de
Catástrofe (uma espécie de
resseguro para o setor).
Já as seguradoras devem
ampliar a cobertura oferecida pela produtividade e criar
um seguro para a perda de
qualidade, segundo Loyola.
No ano passado, o Ministério da Agricultura aplicou
R$ 260 milhões no pagamento de subvenção, uma alta de 65%. Pelo programa, o
ministério paga parte do prêmio do seguro e repassa a diferença para a seguradora.
Para 2010, porém, foram
aprovados no Orçamento R$
238 milhões para o programa. "A demanda que existe
na subvenção é bem maior,
de R$ 560 milhões", diz.
A área segurada no país
cresceu 40% no ano passado,
para 6,7 milhões de hectares,
o que representa 10% da área
ocupada pela agricultura.
CARRINHO CHEIO
A rede de supermercados paranaense Condor
Super Center, que possui 29 lojas, entre super e
hipermercados, em 11 cidades do Estado, pretende investir R$ 80 milhões neste ano, de acordo com Pedro Joanir Zonta, presidente e fundador da empresa. "Planejamos reformas e abertura de novas lojas para expandir a rede e modernizar instalações, principalmente na área de
refrigeração, onde existe muita novidade em
tecnologia", afirma Zonta. Entre recursos próprios e apoio do BNDES, a rede acaba de reinaugurar uma unidade reformada, com cerca de R$
10 milhões, em Curitiba. Também estão previstos uma nova loja na capital, que deve ficar
pronta em julho, um hipermercado, em novembro, além de outras reformulações nas lojas.
NO CARRO
Quem optou por abastecer com etanol na capital
paulista em abril economizou 9,37% e pagou em média
R$ 1,54/litro ao encher o
tanque, segundo pesquisa do
Ticket Car. O álcool foi opção melhor para os paulistanos com veículos flex. Quem
usou gasolina pagou preço
médio de R$ 2,50 o litro. No
restante do Brasil, o etanol
recupera vantagem. Paraná
lidera a lista de vantagem
para abastecimento com
etanol: a diferença sobre a
gasolina chega a 39,2%, seguido de São Paulo e Goiás.
MAPA
Segundo a mesma pesquisa
do Ticket Car, é possível encontrar álcool e gasolina pelos melhores preços nas zonas leste e norte de São Paulo.
Os maiores valores estão no
centro e na região sul. O motorista que abastece no bairro
Santa Cecília chega a pagar
R$ 1,70 pelo litro do álcool,
enquanto no bairro do Limão
o valor cobrado pelo mesmo
combustível é R$ 1,38. Ticket
Car é o produto de gestão de
despesas de veículos da Ticket, que faz levantamento
mensal em mais de 8.000
postos.
SEGURADOS
O setor de seguros está
aquecido, segundo a consultoria Asap, que recruta executivos de média gerência.
Nas recolocações da empresa no mercado financeiro,
29% vão para a área de seguros. Cerca de 41% das vagas
representam aumento de
quadro; 29%, substituição e
30% referem-se a novas vagas. As áreas de atuação dessas vagas estão distribuídas
em técnicas, de distribuição,
atuarial, contabilidade, estatística, informática, marketing, recursos humanos e financeiro.
TRABALHADOR
Após uma contratação
temporária, o risco de o profissional permanecer desempregado cai em média
66%, segundo estudo que será apresentado no Congresso Mundial de Terceirização
e Trabalho Temporário, em
SP, nos dias 27 e 28 de maio.
AGULHA
O segmento de cama, mesa e banho teve alta de 3%
nas vendas em abril, na comparação com março, segundo o Sindicato do Comércio
Atacadista de Tecidos de SP.
PILOTO EM SERVIÇO
Há dois meses à frente do grupo Facility, David
Barioni Neto, que deixou a presidência da TAM no
ano passado, tem como meta ampliar o número de
clientes no setor privado e em outros Estados. Em
2009, a companhia teve faturamento de R$ 700 milhões. Barioni quer fechar este ano com R$ 1 bilhão.
Hoje, 80% da receita da empresa vem do setor público. "O setor de serviços tem a vantagem de ser
uma área que não sofre concorrência do mercado
externo", diz Barioni. A Facility é uma empresa de
gestão de serviços corporativos, que atua nas áreas
de alimentação, tecnologia da informação, gestão
compartilhada em hospitais, entre outras.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e AGNALDO BRITO
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