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MERCADO FINANCEIRO
Investidores pararam para esperar resultado de rolagem de dívida cambial; moeda subiu 0,4%
Dólar inicia mês em alta e fecha a R$ 2,98
DA REPORTAGEM LOCAL
As atenções do mercado ficaram ontem concentradas na primeira rolagem de dívida pública
cambial após as mudanças nas regras anunciadas pelo BC na semana passada. Após um leilão sem
muitas novidades, o dólar encerrou o dia com pequena alta de
0,40%, vendido a R$ 2,98.
O dólar oscilou pouco e o volume de negócios foi bastante inferior ao de dias normais antes de o
leilão ser encerrado, no início da
tarde. Na semana passada, o BC
anunciou que não estabeleceria
mais um percentual fixo de rolagem de sua dívida cambial. Poderia ser maior ou menor que 100%
dos títulos vincendos. A rolagem
menor que o montante total que
vence significa menos "hedge"
(proteção) no mercado, o que poderia levar instituições a comprarem mais dólares.
Ontem o BC fez o primeiro leilão de rolagem de US$ 1,4 bilhão
em papel cambial que vence no
próximo dia 12. Foi renovada
77,8% da dívida.
"Até o leilão acabar, o movimento do mercado foi pífio, com
os investidores à espera de novidades. A dúvida agora é se o BC
vai voltar ao mercado para rolar
um pouco mais da dívida", afirma
o diretor de tesouraria do banco
Fator, Sérgio Machado.
Logo após o leilão acabar, o dólar chegou a ser um pouco mais
pressionado, alcançando os R$
2,997 (alta de 0,98%), para perder
força perto do fechamento.
Quando o BC anunciou as mudanças na rolagem, na segunda-feira passada, o dólar disparou
3,87% e chegou a R$ 3,03.
No mercado acionário, o tombo
das ações preferenciais da Telemar não permitiu que a Bovespa
encerrasse o pregão de ontem em
alta. O papel da telefônica, que girou 20% dos R$ 826 milhões do
pregão de ontem, caiu 3,4%, a
quarta maior baixa do dia. O Ibovespa, principal índice da Bolsa,
fechou com perda de 1,44%.
No ano, a valorização acumulada do Ibovespa ainda é bastante
significativa: 17,3%.
Em dia de bom volume de negócios, os investidores aproveitaram para embolsar algum lucro.
O resultado disso foi a queda de
ações que haviam subido mais na
semana passada.
As ações preferenciais da Embratel Participações, por exemplo, fecharam ontem com queda
de 4,3%. Na semana passada, o
papel havia acumulado a expressiva valorização de 13,8%.
(FABRICIO VIEIRA)
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