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São Paulo, terça-feira, 03 de junho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Investidores pararam para esperar resultado de rolagem de dívida cambial; moeda subiu 0,4%

Dólar inicia mês em alta e fecha a R$ 2,98

DA REPORTAGEM LOCAL

As atenções do mercado ficaram ontem concentradas na primeira rolagem de dívida pública cambial após as mudanças nas regras anunciadas pelo BC na semana passada. Após um leilão sem muitas novidades, o dólar encerrou o dia com pequena alta de 0,40%, vendido a R$ 2,98.
O dólar oscilou pouco e o volume de negócios foi bastante inferior ao de dias normais antes de o leilão ser encerrado, no início da tarde. Na semana passada, o BC anunciou que não estabeleceria mais um percentual fixo de rolagem de sua dívida cambial. Poderia ser maior ou menor que 100% dos títulos vincendos. A rolagem menor que o montante total que vence significa menos "hedge" (proteção) no mercado, o que poderia levar instituições a comprarem mais dólares.
Ontem o BC fez o primeiro leilão de rolagem de US$ 1,4 bilhão em papel cambial que vence no próximo dia 12. Foi renovada 77,8% da dívida.
"Até o leilão acabar, o movimento do mercado foi pífio, com os investidores à espera de novidades. A dúvida agora é se o BC vai voltar ao mercado para rolar um pouco mais da dívida", afirma o diretor de tesouraria do banco Fator, Sérgio Machado.
Logo após o leilão acabar, o dólar chegou a ser um pouco mais pressionado, alcançando os R$ 2,997 (alta de 0,98%), para perder força perto do fechamento.
Quando o BC anunciou as mudanças na rolagem, na segunda-feira passada, o dólar disparou 3,87% e chegou a R$ 3,03.
No mercado acionário, o tombo das ações preferenciais da Telemar não permitiu que a Bovespa encerrasse o pregão de ontem em alta. O papel da telefônica, que girou 20% dos R$ 826 milhões do pregão de ontem, caiu 3,4%, a quarta maior baixa do dia. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou com perda de 1,44%.
No ano, a valorização acumulada do Ibovespa ainda é bastante significativa: 17,3%.
Em dia de bom volume de negócios, os investidores aproveitaram para embolsar algum lucro. O resultado disso foi a queda de ações que haviam subido mais na semana passada.
As ações preferenciais da Embratel Participações, por exemplo, fecharam ontem com queda de 4,3%. Na semana passada, o papel havia acumulado a expressiva valorização de 13,8%.
(FABRICIO VIEIRA)


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