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Economistas e analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central revisaram para cima novamente as previsões para juros e inflação em 2008. Pela primeira vez há expectativa de aumento da inflação acima do centro da meta para 2009.
Segundo o relatório Focus, do BC, analistas prevêem uma taxa básica de juros de 13,75% no fim de 2008, ante previsão de 13,05% ao ano feita na semana anterior. No final de 2009, a Selic estaria em 12,50%, 0,25 ponto percentual acima do previsto na última pesquisa.
Os economistas mantiveram a previsão de um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), que ocorre hoje e amanhã. A expectativa é que a Selic passe de 11,75% para 12,25% ao ano. Em abril, a taxa subiu de 11,25% para 11,75% ao ano.
Às vésperas da reunião do Copom, o presidente da República em exercício, José Alencar, criticou a política de juros altos como alternativa para conter a inflação. Para ele, esta operação, no Brasil, é "inócua".
"O que eu posso dizer é que o regime de juros no Brasil é um regime que não ajuda, não dá condições para o investimento. Nós precisamos estimular investimentos e estimular o consumo, porque o Brasil ainda é um país de subconsumo."
A expectativa dos analistas ouvidor pelo BC para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta de inflação, subiu pela décima semana seguida e deve fechar o ano a 5,48%, acima dos 5,24% esperados até a semana passada. O índice ficaria acima do centro da meta de inflação para esse ano, que é de 4,5%. Para 2009, a previsão do IPCA subiu de 4,50% para 4,60%.
Outros indicadores de inflação também tiveram as projeções para 2008 elevadas. A expectativa para o IGP-DI subiu de 8,66% para 8,92%; já o IGP-M teve a previsão aumentada de 8,49% para 8,70%.


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