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Bolsa cai 0,96% com cenário negativo no exterior
Nos EUA, bancos têm nota
rebaixada por agência
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana não começou bem
para o mercado acionário. Investidores se depararam com
quedas nas principais Bolsas de
Valores pelo mundo. No Brasil,
a Bovespa não conseguiu se
descolar e encerrou o pregão
com baixa de 0,96%.
Notícias vindas do setor financeiro estiveram no centro
do desânimo que tomou o mercado. As Bolsas abriram com a
informação de que o banco
americano Wachovia dispensou seu presidente-executivo,
decisão motivada ainda pelas
perdas provocadas pela crise de
crédito imobiliário de alto risco. Outra informação mal recebida foi o rebaixamento das notas de risco dos bancos Lehman
Brothers, Merrill Lynch e Morgan Stanley pela agência Standard & Poor's.
Em Wall Street, o índice Dow
Jones recuou 1,06%. A Nasdaq
teve perdas de 1,23%.
Na Europa, houve queda de
1,24% em Frankfurt e de 0,76%
em Londres.
Ontem, foi divulgado nos
EUA o resultado do setor manufatureiro, que deu sinais de
recuperação em maio. Porém o
indicador ainda está em um nível que aponta retração.
As perdas do setor bancário
foram relevantes no resultado
da Bolsa de Nova York. A ação
do Lehman Brothers foi a que
mais sofreu ontem, com queda
expressiva de 8,1%. Outros fortes baixas ficaram com Merrill
Lynch, que recuou 2,96%, Morgan Stanley (-2,55%) e JPMorgan Chase (-1,98%).
Na Bovespa, o mercado desfavorável fez o volume negociado perder fôlego. Ontem, foram
movimentados R$ 6,03 bilhões
na Bolsa. Nos três pregões anteriores, a média foi de R$ 8,1
bilhões.
A Bovespa só não teve um dia
mais fraco devido à valorização
das ações da Petrobras, que subiram 1,81% (ON) e 1,61% (PN).
O setor bancário também teve um dia ruim no mercado local. Entre as maiores instituições financeiras, as baixas mais
pesadas ficaram com: Itaú PN
(-4,33%), Banco do Brasil ON
(-2,67%), Bradesco PN
(-2,54%) e Unibanco UNT
(-2,13%).
O pregão foi ruim para o setor, apesar de o mercado esperar que o Copom siga com o ciclo de elevação da taxa Selic
-referência para os juros praticados no mercado. Como o país
vive um cenário de expansão do
crédito, os bancos atravessam
um momento ainda bem favorável a seus resultados.
O Copom anuncia na noite de
amanhã como fica a taxa Selic.
A maioria do mercado conta
com uma alta de 0,50 ponto, o
que levaria a taxa básica de
11,75% para 12,25%. Uma outra
parcela fala em elevação de
0,75 ponto na taxa.
No pregão da BM&F, os juros
futuros projetados nos contratos com vencimento mais curto
subiram de 12,04% na sexta para 12,06% ontem.
A reação do mercado de câmbio ao dia negativo foi de alta na
cotação do dólar. A moeda norte-americana terminou o dia
cotada a R$ 1,633, com apreciação de 0,31% diante do real.
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