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EM TRANSE
Banco Mundial também avalia empréstimo de emergência; banco libera US$ 250 mi para combater a pobreza
Dólar cai a R$ 3,01 e país negocia com BID
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
Em mais um dia de queda, impulsionada pela negociação da
missão brasileira com o FMI
(Fundo Monetário Internacional), o dólar caiu ontem 4,44% e
fechou o dia negociado a R$ 3,01.
Além do FMI, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Bird (Banco Mundial) também avaliam a concessão de empréstimos de emergência ao Brasil para fortalecer as reservas.
O BID está estudando o uso de
parte de sua recém criada linha de
emergência para formular um
novo empréstimo ao país. O valor
total dessa linha é de US$ 6 bilhões e seu propósito oficial é o de
minorar custos sociais durante
ajustes necessários em momentos
de turbulência econômica.
O Uruguai também deverá receber recursos da mesma linha,
criada no ano passado durante
encontro do BID em Fortaleza.
Segundo técnicos da instituição,
as reservas uruguaias deverão receber entre US$ 350 milhões a
US$ 500 milhões já na próxima
semana. O Brasil ficaria com ao
menos três vezes esse valor.
Ontem, a missão brasileira que
negocia com o FMI encontrou-se
com o presidente do BID, Enrique
Iglesias, durante o café da manhã.
As conversas não se limitaram ao
uso dessa linha de emergência e
envolveram outras formas de o
BID ajudar o Brasil.
Logo depois do encontro, o
banco anunciou o desembolso de
US$ 250 milhões para as reservas
brasileiras. Esse valor refere-se à
primeira parcela de um empréstimo de US$ 500 milhões concedido ao Brasil no ano passado para
o combate à pobreza.
A missão brasileira também encontrou-se ontem com a diretoria
do Bird. Uma fonte do banco confirmou que há estudos para novos
empréstimos ao Brasil. O governo
brasileiro considera importante
garantir também recursos do Bird
e do BID num futuro pacote porque, por um motivo técnico, os
empréstimos dessas duas instituições compõem as reservas líquidas brasileiras e podem ser usados diretamente para reforçar a
blindagem de proteção do real. Já
os recursos do FMI, por não serem considerados empréstimos,
não elevam as reservas líquidas,
mas somente as reservas brutas.
Ajuda européia
O Brasil receberá ajuda de 64
milhões de euros (cerca de US$ 65
milhões) da União Européia. Os
recursos fazem parte de um pacote de apoio aos quatro países do
Mercosul no valor de 200 milhões
de euros que serão investidos durante cinco anos.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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