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MERCADO FINANCEIRO
Ações do setor bancário puxaram a alta de 0,94% da Bolsa ontem; projeção para juros futuros cai
Bovespa acumula alta de 6,9% na semana
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou a semana com valorização de 6,9%. Ontem, o Ibovespa,
índice que concentra os 57 papéis
mais negociados no pregão paulista, subiu 0,94%. O giro financeiro voltou à média diária dos últimos meses -ficou em R$
598,597 milhões.
O destaque de ontem durante as
negociações foram as ações do setor bancário. Os papéis preferenciais do Itaú tiveram a maior alta
do Ibovespa. Encerraram o dia
valendo mais 8,1%. As ações preferenciais do Bradesco também
tiveram boa alta, de 4,82%.
Toda a turbulência dos mercados internacional e doméstico na
semana havia prejudicado fortemente as ações do setor.
Nesta semana, os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira,
chegaram a cair 10,3%, o que contribuiu para a disparada do risco-país. A partir da quarta-feira, os
papéis se recuperaram e encerraram a semana valorizados em
1,58%. Segundo analistas, o Banco Central teria se aproveitado do
baixo preço dos títulos para recomprá-los.
Os bancos domésticos têm forte
exposição em títulos públicos e
foram prejudicados pela desconfiança em relação à capacidade de
o governo brasileiro arcar com
sua dívida. O melhor desempenho dos C-Bonds auxiliou na recuperação das ações do setor bancário. A Petrobras também teve
bom resultado ontem e seus papéis subiram 3,34%.
A semana foi menos tensa para
o mercado de ações do que para o
cambial e o de juros. Isso porque
o nervosismo fez com que os investidores buscassem pelo ativo
real e optassem por comprar
ações de empresas sólidas.
Assim como houve uma correção para cima no preço das ações
de empresas do setor financeiro
ontem, houve uma correção para
baixo no das companhias exportadoras, beneficiadas pela alta do
dólar. Vale do Rio Doce PNA caiu
4,4% e Aracruz PNB, 3,4%.
Juros
No mercado futuro, acompanhando o dólar e a perspectiva
para um novo acordo entre o Brasil e o FMI, as projeções para os
juros caíram.
Os contratos para janeiro de
2003, os mais negociados na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), passaram de 25,38% para 24,37%.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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