São Paulo, sábado, 03 de agosto de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Ações do setor bancário puxaram a alta de 0,94% da Bolsa ontem; projeção para juros futuros cai

Bovespa acumula alta de 6,9% na semana

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou a semana com valorização de 6,9%. Ontem, o Ibovespa, índice que concentra os 57 papéis mais negociados no pregão paulista, subiu 0,94%. O giro financeiro voltou à média diária dos últimos meses -ficou em R$ 598,597 milhões.
O destaque de ontem durante as negociações foram as ações do setor bancário. Os papéis preferenciais do Itaú tiveram a maior alta do Ibovespa. Encerraram o dia valendo mais 8,1%. As ações preferenciais do Bradesco também tiveram boa alta, de 4,82%.
Toda a turbulência dos mercados internacional e doméstico na semana havia prejudicado fortemente as ações do setor.
Nesta semana, os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, chegaram a cair 10,3%, o que contribuiu para a disparada do risco-país. A partir da quarta-feira, os papéis se recuperaram e encerraram a semana valorizados em 1,58%. Segundo analistas, o Banco Central teria se aproveitado do baixo preço dos títulos para recomprá-los.
Os bancos domésticos têm forte exposição em títulos públicos e foram prejudicados pela desconfiança em relação à capacidade de o governo brasileiro arcar com sua dívida. O melhor desempenho dos C-Bonds auxiliou na recuperação das ações do setor bancário. A Petrobras também teve bom resultado ontem e seus papéis subiram 3,34%.
A semana foi menos tensa para o mercado de ações do que para o cambial e o de juros. Isso porque o nervosismo fez com que os investidores buscassem pelo ativo real e optassem por comprar ações de empresas sólidas.
Assim como houve uma correção para cima no preço das ações de empresas do setor financeiro ontem, houve uma correção para baixo no das companhias exportadoras, beneficiadas pela alta do dólar. Vale do Rio Doce PNA caiu 4,4% e Aracruz PNB, 3,4%.

Juros
No mercado futuro, acompanhando o dólar e a perspectiva para um novo acordo entre o Brasil e o FMI, as projeções para os juros caíram.
Os contratos para janeiro de 2003, os mais negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), passaram de 25,38% para 24,37%.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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