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Brasil recebe menos
carros da Argentina
CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES
A participação dos veículos argentinos no mercado brasileiro
diminuiu de 14,5% para 2,4% desde 1998, de acordo o Centro de Estudos Bonaerenses (CEB), uma
instituição privada comandada
pelo ex-secretário de indústria da
Argentina Dante Sicca.
De acordo com um informe do
CEB, a queda da presença dos automóveis argentinos no mercado
brasileiro "é conseqüência das assimetrias na produção de automóveis dos dois sócios que, se não
forem consideradas nas negociações no Mercosul, devem inviabilizar a integração deste setor".
Está previsto pelo acordo automotivo do Mercosul que em 2006
carros e autopeças circulem livremente no bloco.
Até 2002, o comércio de automóveis entre os dois sócios, que
recentemente travaram uma
guerra comercial em torno do comércio de eletrodomésticos, esteve equilibrado. A Argentina vinha
obtendo superávit comercial. No
ano passado, a Argentina teve déficit de US$ 288,9 milhões com o
Brasil. Neste ano, até maio, o saldo negativo do vizinho estava em
US$ 234,9 milhões.
Segundo o informe do CEB,
desde 1998, a produção de automóveis no Brasil aumentou
15,2%, enquanto na Argentina
despencou 63%. Como conseqüência da crise vivida pelo vizinho nos últimos dois anos, nenhuma empresa ou nova linha de
montagem se instalou na Argentina desde 1998, enquanto no Brasil
foram dez novas fábricas.
Por enquanto, o governo argentino não criou nenhuma barreira
para o comércio de automóveis
ou de autopeças, a pedido dos fabricantes locais.
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