São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004

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Brasil recebe menos carros da Argentina

CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES

A participação dos veículos argentinos no mercado brasileiro diminuiu de 14,5% para 2,4% desde 1998, de acordo o Centro de Estudos Bonaerenses (CEB), uma instituição privada comandada pelo ex-secretário de indústria da Argentina Dante Sicca.
De acordo com um informe do CEB, a queda da presença dos automóveis argentinos no mercado brasileiro "é conseqüência das assimetrias na produção de automóveis dos dois sócios que, se não forem consideradas nas negociações no Mercosul, devem inviabilizar a integração deste setor".
Está previsto pelo acordo automotivo do Mercosul que em 2006 carros e autopeças circulem livremente no bloco.
Até 2002, o comércio de automóveis entre os dois sócios, que recentemente travaram uma guerra comercial em torno do comércio de eletrodomésticos, esteve equilibrado. A Argentina vinha obtendo superávit comercial. No ano passado, a Argentina teve déficit de US$ 288,9 milhões com o Brasil. Neste ano, até maio, o saldo negativo do vizinho estava em US$ 234,9 milhões.
Segundo o informe do CEB, desde 1998, a produção de automóveis no Brasil aumentou 15,2%, enquanto na Argentina despencou 63%. Como conseqüência da crise vivida pelo vizinho nos últimos dois anos, nenhuma empresa ou nova linha de montagem se instalou na Argentina desde 1998, enquanto no Brasil foram dez novas fábricas.
Por enquanto, o governo argentino não criou nenhuma barreira para o comércio de automóveis ou de autopeças, a pedido dos fabricantes locais.


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