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MERCADO FINANCEIRO
Analistas elevaram, pela 12ª semana consecutiva, estimativas para o IPCA deste ano, aponta pesquisa
Levantamento do BC projeta alta da inflação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco
Central aumentaram, pela 12ª semana consecutiva, suas estimativas para a inflação deste ano. A alta esperada para o IPCA (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 7,13% para 7,15%.
A pesquisa é feita com cem analistas de mercado e consta do boletim Focus, divulgado ontem.
A meta de inflação deste ano foi
fixada pelo governo em 5,5%, admitindo-se um desvio de 2,5 pontos percentuais para cima ou para
baixo. Para 2005, a meta é de
4,5%, também com uma margem
de 2,5 pontos -a projeção do
mercado é uma inflação de 5,5%
no ano que vem.
A maior demora do BC em reduzir juros seria resultado não só
do aumento da inflação, mas também das perspectivas um pouco
mais positivas para o crescimento
da economia neste ano. Segundo
a pesquisa, o PIB (Produto Interno Bruto) deve registrar uma expansão de 3,70%, contra 3,65%
apontados pela pesquisa anterior.
A estimativa para o crescimento
de 2005 foi mantida em 3,5%.
Os analistas também reviram,
para cima, suas projeções para o
comportamento da taxa Selic neste ano. Isso se deve ao fato de o
próprio BC ter admitido, em ata
divulgada na quinta-feira, que os
juros básicos não devem cair por
um período prolongado de tempo -e podem até subir.
Segundo os analistas, os juros
devem encerrar 2004 em 15,75%
ao ano. Até a semana passada, a
expectativa era que a Selic caísse
para 15,5% ao ano até dezembro
-desde abril, os juros são mantidos em 16% ao ano pelo BC.
Segundo o levantamento, espera-se que, até o final do ano, haja
apenas um corte de 0,25 ponto
percentual na taxa. Essa redução
ocorreria em novembro. Duas semanas atrás, a estimativa era um
corte de 0,75 ponto até dezembro.
Os números se referem à média
das estimativas apresentadas por
todos os analistas. Algumas projeções apontam para um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa
Selic, também na reunião de novembro do Copom (Comitê de
Política Monetária do BC).
Ainda de acordo com o levantamento de mercado feito pelo BC,
espera-se que a balança comercial
registre um saldo positivo de US$
29,10 bilhões, um pequeno aumento em relação à projeção de
US$ 29 bilhões da pesquisa anterior. Já o dólar deve encerrar o
ano cotado a R$ 3,10.
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