São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Analistas elevaram, pela 12ª semana consecutiva, estimativas para o IPCA deste ano, aponta pesquisa

Levantamento do BC projeta alta da inflação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central aumentaram, pela 12ª semana consecutiva, suas estimativas para a inflação deste ano. A alta esperada para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 7,13% para 7,15%.
A pesquisa é feita com cem analistas de mercado e consta do boletim Focus, divulgado ontem.
A meta de inflação deste ano foi fixada pelo governo em 5,5%, admitindo-se um desvio de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Para 2005, a meta é de 4,5%, também com uma margem de 2,5 pontos -a projeção do mercado é uma inflação de 5,5% no ano que vem.
A maior demora do BC em reduzir juros seria resultado não só do aumento da inflação, mas também das perspectivas um pouco mais positivas para o crescimento da economia neste ano. Segundo a pesquisa, o PIB (Produto Interno Bruto) deve registrar uma expansão de 3,70%, contra 3,65% apontados pela pesquisa anterior. A estimativa para o crescimento de 2005 foi mantida em 3,5%.
Os analistas também reviram, para cima, suas projeções para o comportamento da taxa Selic neste ano. Isso se deve ao fato de o próprio BC ter admitido, em ata divulgada na quinta-feira, que os juros básicos não devem cair por um período prolongado de tempo -e podem até subir.
Segundo os analistas, os juros devem encerrar 2004 em 15,75% ao ano. Até a semana passada, a expectativa era que a Selic caísse para 15,5% ao ano até dezembro -desde abril, os juros são mantidos em 16% ao ano pelo BC.
Segundo o levantamento, espera-se que, até o final do ano, haja apenas um corte de 0,25 ponto percentual na taxa. Essa redução ocorreria em novembro. Duas semanas atrás, a estimativa era um corte de 0,75 ponto até dezembro.
Os números se referem à média das estimativas apresentadas por todos os analistas. Algumas projeções apontam para um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, também na reunião de novembro do Copom (Comitê de Política Monetária do BC).
Ainda de acordo com o levantamento de mercado feito pelo BC, espera-se que a balança comercial registre um saldo positivo de US$ 29,10 bilhões, um pequeno aumento em relação à projeção de US$ 29 bilhões da pesquisa anterior. Já o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 3,10.


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