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COMÉRCIO EXTERIOR
Exportações caem menos que importações e levam país a registrar US$ 1,57 bi de saldo positivo em agosto
Superávit comercial é o maior desde 1990
MARIANA MAINENTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A balança comercial brasileira
registrou superávit de US$ 1,575
bilhão em agosto. Enquanto as
exportações ficaram em US$
5,751 bilhões no mês, as importações somaram US$ 4,176 bilhões.
O superávit foi o mais alto desde
maio de 1990, quando o saldo da
balança ficou em US$ 1,698 bilhão. No ano, a balança já acumula superávit de US$ 5,378 bilhões.
O bom desempenho, porém,
vem mais da queda das importações do que do aumento das exportações. Nos oito primeiros
meses deste ano, as exportações
registraram queda de 6,5% e as
importações ficaram 18,5% menores, sempre em relação ao mesmo período de 2001. Entre janeiro
e agosto do ano passado, o superávit foi de US$ 666 bilhões.
De janeiro e agosto, as exportações somaram US$ 37,026 bilhões
e as importações, US$ 31,648 bilhões (superávit de US$ 5,378 bilhões). Esse foi o melhor resultado
registrado em períodos equivalentes desde 1994, quando as exportações superaram em US$
US$ 9,507 bilhões as importações.
A queda nas importações reflete
a redução no nível de atividade
econômica. O governo prevê obter um superávit de US$ 7 bilhões
na balança comercial deste ano.
Em agosto, a média diária das exportações cresceu 5% no mês em
relação ao mesmo mês de 2001. Já
as importações, caíram 14,4%.
"A queda nas importações em
agosto, de 14,4%, é bem menor do
que a acumulada no ano, que está
em 18%", afirmou o secretário-adjunto de comércio exterior,
Ivan Ramalho. Ele destacou também o fato de o crescimento nas
exportações em agosto ter ocorrido de maneira diversificada.
"A exportação cresceu em todos
os grupos de produtos e também
para todos os blocos econômicos.
Isto pode indicar sustentabilidade
do crescimento das exportações",
afirmou. Até mesmo para a Argentina houve crescimento de
17,8% nas exportações no mês de
agosto em relação ao mês de 2001,
segundo o secretário.
Ele lembrou o peso da Argentina na queda das exportações brasileiras deste ano. Excluindo-se as
relações comerciais com o país vizinho, as vendas externas brasileiras teriam caído apenas 0,7% nos
oitos primeiros meses do ano.
Mas, diante da queda de 62% nas
vendas para a Argentina, as exportações caíram 6,5%.
Comparado com agosto de
2001, as exportações de produtos
básicos no mês passado aumentaram 12,9% no mês; as de produtos
semimanufaturados, 9,1%; e as de
manufaturados, 7,5%.
Entre os produtos básicos, a
maior expansão aconteceu nas
exportações de petróleo bruto
(271,5%). Nos semimanufaturados, o maior aumento foi na exportação de celulose (91,9%).
Sobre a retomada do crédito à exportação, Ramalho também mostrou-se otimista. Disse que já manteve contatos com exportadores que mostram que, nos últimos dias, houve uma melhora.
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