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MERCADO FINANCEIRO
Pregões têm volume reduzido de operações; dólar aumenta 1,69%, Bolsa cai 0,03% e juros sobem
Feriado nos EUA esvazia negócios no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
O feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos esvaziou ontem os negócios no mercado doméstico. Com o baixo volume de operações concluídas, qualquer
uma delas, por menor que fosse, definiria a alta ou a baixa dos índices. O dólar subiu 1,69% e encerrou o dia valendo R$ 3,061.
A alta não causou preocupação
entre os analistas, pois foi atribuída à baixa liquidez. Além disso,
como a moeda acumulou baixa
de 3,2% na semana passada, uma
valorização era esperada ontem.
O Banco Central optou por cancelar um leilão de linha externa. No
fim da semana passada, a operação não foi realizada por dois dias
devido à falta de demanda.
Na sexta-feira, o BC anunciou
novas regras para as operações,
que passam a vigorar hoje. O BC
vai permitir que instituições financeiras não-cadastradas com a
autoridade monetária tenham
acesso às linhas de crédito para
exportação por meio dos "dealers" (bancos autorizados a operar com o BC)
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou o dia com alteração pequena em relação ao fechamento
da sexta-feira. O Ibovespa caiu
0,03%, para 10.378 pontos. O indicador operou sem acompanhar a
sinalização das Bolsas norte-americanas, fechadas, o que esvaziou
o pregão. O giro financeiro foi
baixo, de R$ 347,065 milhões.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros acompanharam o comportamento dos outros mercados. Os contratos para janeiro de
2003, que concentram o maior
número de negócios, passaram de
19,76% para 19,92%.
De acordo com os analistas, a
partir de hoje o dólar deverá retomar sua tendência de baixa.
Como ontem foi um dia atípico,
não houve tempo para o mercado
repercutir o crescimento de José
Serra (PSDB) nas pesquisas eleitorais. "Se hoje [ontem" tivesse sido um dia normal, sem o feriado
nos EUA, acredito que o dólar teria caído", afirma Alan Gandelman, da corretora Ágora Sênior.
Serra é o candidato do mercado
por ser associado à continuidade
da atual política econômica.
O mercado espera que o dólar
mais barato possibilite ao BC fazer uso do viés de baixa adotado
na última reunião do Copom e reduza os juros brasileiros em meio
ponto percentual antes de seu
próximo encontro. A Selic está
em 18% ao ano hoje.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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