DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal criou ontem um cargo fictício no gabinete do presidente Lula para não deixar desempregado um dos secretários do Ministério da Fazenda. Bernard Appy foi nomeado ontem assessor especial do gabinete do presidente da República, mas, na prática, continuará exercendo a função de secretário especial de Reformas e subordinado ao ministro Guido Mantega (Fazenda).
Essa foi a segunda vez que o governo cria um cargo para abrigar Appy, responsável pela elaboração da proposta de reforma tributária e ex-assessor econômico do PT.
O novo posto estava previsto na MP (medida provisória) que o governo retirou do Congresso na sexta-feira passada, que transformava a Secretaria da Pesca em ministério e abria cerca de 250 vagas nos ministérios. Dessas, sete eram postos comissionados da Secretaria Especial de Reformas.
A equipe da secretaria continua trabalhando na Fazenda porque tiveram os salários comissionados realocados dentro da pasta. Mas como o ministério não tinha "sobrando" uma vaga de DAS 6, salário de R$ 11 mil, a saída foi a nomeação no gabinete presidencial.
Appy disse ontem à Folha que essa é uma solução "transitória". Ele aguarda agora a aprovação no Congresso do projeto de lei que vai trazê-lo de volta à folha de salários do Ministério da Fazenda.


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