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Google lança programa para navegar na internet
Chrome, que pode ser baixado de graça, concorre com o Internet Explorer
Novo browser alega
ser mais rápido que os da concorrência e tem recursos como navegação anônima
e página inicial dinâmica
DANIELA ARRAIS
RAFAEL CAPANEMA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Google ataca novamente,
desta vez com um navegador de
internet. Depois de se consolidar como o mecanismo de buscas mais usado do mundo, segundo a Nielsen NetRatings e a
comScore, a empresa criada
por Larry Page e Sergey Brin
em 1998 investe no mercado de
browsers, dominado pelo Internet Explorer, da Microsoft, e
disputado, também, pelo Mozilla Firefox.
Desde a tarde de ontem, é
possível fazer o download da
versão beta (de testes) do Chrome por meio do endereço
www.google.com/chrome. O
navegador está disponível em
43 línguas, incluindo o português do Brasil.
Feito em código aberto (que
permite a qualquer desenvolvedor implantar modificações),
o Chrome tem como objetivo
facilitar a experiência do usuário na internet e se baseia na
idéia de que o navegador é uma
ferramenta para alcançar o que
importa, como páginas, sites e
aplicações.
"Antigamente, os sites eram
grandes blocos de texto. Hoje,
passamos o dia no computador
e temos uma complexidade no
uso -o usuário navega, ouve
música, assiste a vídeos. Os engenheiros do Google notaram
que algumas coisas tinham que
mudar", disse Felix Ximenes,
gerente de comunicação do
Google Brasil.
Por enquanto, o programa
está disponível apenas para
Windows.
Por dentro
Os pilares do Chrome são velocidade, estabilidade e segurança, diz o Google.
A velocidade de navegação
no Chrome é superior à do Firefox, segundo Marcelo Quintella, gerente de produtos do
Google. "Qualquer aplicação
em Javascript vai ter ganho de
performance", disse.
Nos testes da Folha, o navegador se mostrou bastante rápido tanto para iniciar quanto
para acessar páginas.
A tela inicial do Chrome reúne nove sites mais acessados
pelo usuário -eles mudam
conforme a navegação.
O navegador usa a interface
de abas (ou guias), popularizada pelo Firefox e também adotada pelo Internet Explorer.
Se algum site causar travamento, é possível fechar apenas a aba em que ele está, em
vez de o navegador inteiro.
A barra de endereços também funciona como campo de
pesquisa. Se você digita uma
URL (endereço de internet), o
navegador "entende" que se
trata da procura por um site. Se
você digita um nome, o browser faz a pesquisa.
Em relação à privacidade, o
principal atrativo do Chrome é
a janela anônima, que não
guarda informações sobre a navegação, como cookies, histórico e senhas.
O Google não revela quanto
foi investido na criação do
Chrome -apenas que o processo levou cerca de um ano e
foi conduzido por engenheiros
de todo o mundo.
Segundo a Net Applications,
o Internet Explorer detém 72%
do mercado de navegadores.
Em seguida vêm o Firefox, com
20%, e o Safari, com 6%.
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