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Salão de Paris vê primeiro recuo na venda de veículos desde 2001
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A PARIS
O Salão de Paris, que será
aberto amanhã, verá, pela primeira vez desde 2001, recuo
das vendas globais de veículos.
A previsão mais otimista estima que, em 2008, a queda seja
1%, contra aumento de 7% no
ano anterior. Alguns analistas
falam numa retração de 6%.
Para Martin Winterkorn,
CEO do grupo Volkswagen,
"2009 também será um ano difícil". Ele vê petróleo e aço mais
caros, o que prejudicará ainda
mais as vendas, em especial nos
Estados Unidos e na Europa.
Carlos Ghosn, presidente
mundial da Renault e da Nissan, falou ontem aos jornalistas
em tom de resposta aos analistas que têm recomendado a
compra de ações da PSA Peugeot Citroën, e não da Renault.
Muitos duvidam de que o novo Mégane baterá o Volkswagen Golf (os dois tiveram novas
gerações reveladas no Salão de
Paris). Na segunda-feira, as
ações da Renault caíram 6,97%
após nota do Credit Suisse dizendo que o Golf consome mais
combustível que o Mégane.
Ghosn -que, na terça-feira,
prometeu ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, não fechar fábrica no país- citou números para provar que a empresa será "a mais lucrativa e
competitiva" entre as grandes
montadoras européias.
Segundo ele, a margem operacional da Renault cresceu
20% em um ano, e as vendas, na
Europa, caíram 1,4% contra retração total de 3,9%.
Com previsão de que, em
2015, 70% da população européia more em cidades, a maioria dos lançamentos foi de compactos com motores que pouco
poluem e mais baratos.
JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da
Anfavea
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