São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2008

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Salão de Paris vê primeiro recuo na venda de veículos desde 2001

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

O Salão de Paris, que será aberto amanhã, verá, pela primeira vez desde 2001, recuo das vendas globais de veículos. A previsão mais otimista estima que, em 2008, a queda seja 1%, contra aumento de 7% no ano anterior. Alguns analistas falam numa retração de 6%. Para Martin Winterkorn, CEO do grupo Volkswagen, "2009 também será um ano difícil". Ele vê petróleo e aço mais caros, o que prejudicará ainda mais as vendas, em especial nos Estados Unidos e na Europa. Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault e da Nissan, falou ontem aos jornalistas em tom de resposta aos analistas que têm recomendado a compra de ações da PSA Peugeot Citroën, e não da Renault. Muitos duvidam de que o novo Mégane baterá o Volkswagen Golf (os dois tiveram novas gerações reveladas no Salão de Paris). Na segunda-feira, as ações da Renault caíram 6,97% após nota do Credit Suisse dizendo que o Golf consome mais combustível que o Mégane. Ghosn -que, na terça-feira, prometeu ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, não fechar fábrica no país- citou números para provar que a empresa será "a mais lucrativa e competitiva" entre as grandes montadoras européias. Segundo ele, a margem operacional da Renault cresceu 20% em um ano, e as vendas, na Europa, caíram 1,4% contra retração total de 3,9%. Com previsão de que, em 2015, 70% da população européia more em cidades, a maioria dos lançamentos foi de compactos com motores que pouco poluem e mais baratos.

JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da Anfavea



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