São Paulo, terça-feira, 03 de dezembro de 2002

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ANO DO DRAGÃO

Aplicações com potencial de alto retorno envolvem mais riscos

Fundos cambiais rendem 50% no ano

DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor que tem se decepcionado com a baixa rentabilidade da poupança neste ano pode estar tentado a abrir mão da segurança para tentar resultados mais satisfatórios.
Não faltam opções no mercado financeiro para quem quer aceitar correr riscos maiores. Cabe ao gestor de cada instituição financeira aconselhar o cliente sobre qual aplicação se ajusta melhor a seu perfil e suas ambições.
Os fundos cambiais são uma boa opção se há perspectiva de alta do dólar. No ano, esses fundos acumulam ganho em torno de 50%. Mas, se o dólar começa a se desvalorizar, o investidor pode amargar perdas.
O investimento em fundos de ações traz alto grau de risco. Se é possível ganhar muito em pouco tempo, os recursos aplicados em ações podem evaporar em igual velocidade. Em outubro a Bovespa subiu 18%. Já no ano, a Bolsa tem perdas de 21%. Por isso, os gestores costumam recomendar ações para quem pretende deixar recursos aplicados por um período longo, estando preparado para as bruscas oscilações da Bolsa.
Um produto que começa a ganhar espaço no mercado são os fundos que seguem índices de inflação, especialmente o IGP-M. A alta dos preços nas últimas semanas tem tornado esses fundos uma opção bastante rentável.
Uma outra alternativa são os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários). Ao comprar um CDB, o cliente empresta uma quantia ao banco, que se compromete a devolvê-la ao final de determinado prazo acrescida de uma taxa de juro. O maior risco é de o banco quebrar. A rentabilidade de um CDB depende do banco e do volume aplicado. Na média, o CDB tem rendido mensalmente algo em torno de 1,4%.
De vedete a vilão após a exigência da marcação a mercado imposta pelo governo em maio, os fundos DI dão até o momento ganho superior à poupança. No ano, até o fim de novembro, os DI acumularam alta, na média, de 15%. Esses fundos têm como referência a oscilação dos juros. Os recentes aumentos das taxas de juros acabam favorecendo os investidores que seguem no DI.
Atrelados aos juros, há também os fundos de renda fixa. Eles têm sua rentabilidade amarrada a juros prefixados, especialmente de títulos públicos que os compõem.


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