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VAREJO
Comprador pode "negociar" preço, o que não existe nos supermercados
Feiras atraem mais consumidores
DA REPORTAGEM LOCAL
Em busca de preços mais baixos, os consumidores têm optado
pelas compras de legumes e de
hortaliças em feiras livres em detrimento dos supermercados.
Nos últimos anos, as feiras livres
haviam perdido clientes para as
grandes redes de supermercados
que, devido ao grande volume
comprado, conseguiam oferecer
preços promocionais mais competitivos. No entanto, nas últimas
semanas, os feirantes têm notado
uma reversão nessa tendência.
Segundo estimativas do Sindicato do Comércio Varejista, Feirantes e Vendedores Ambulantes
de São Paulo, as vendas têm aumentado 30% na cidade de São
Paulo em relação ao mesmo período de 2001. Estima-se que o
percentual deve se manter até o final de ano.
As feiras livres conseguem oferecer preços mais atraentes porque há mais espaço para negociação. "O preço das mercadorias
nas feiras e nos varejões da Ceagesp é negociado diariamente.
Por isso, no conjunto, nossos preços são mais baixos do que o dos
supermercados", afirmou Flávio
Godas, economista da Ceagesp.
Sobretudo com relação aos produtos que estão em plena safra, as
feiras levam vantagem. É o caso
da cenoura e do chuchu e de frutas como manga e melancia. No
caso da abobrinha, que também
está na época, o quilo foi vendido
a R$ 0,80, segundo a tabela do último final de semana da Ceagesp.
O tomate é outro produto que
teve os preços reduzidos. Há duas
semanas, a caixa com 30 quilos
era vendida a R$ 35. Hoje, pode
ser encontrada a R$ 15. A queda é
refletida no preço do produto para o consumidor, que paga, em
média, R$ 0,70 por quilo nas feiras
livres de São Paulo.
Hora da xepa
"A falta de chuvas e a alta do
custo dos insumos estavam por
trás dessa alta. Agora os preços se
normalizaram", diz Godas.
A hora da xepa (no final da feira,
quando os produtos ficam mais
baratos) também tem arregimentado um número maior de compradores. Nas feiras da periferia
da cidade, 60% a 70% das compras são feitas nesse período (entre 12h e 13h). Em regiões mais
nobres da cidade, ainda que timidamente, o hábito também tem se
expandido, segundo avaliação
dos próprios feirantes.
De acordo com a Secretaria Municipal de Abastecimento de São
Paulo, cerca de 900 mil pessoas
frequentam diariamente as 867
feiras livres na cidade.
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