DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem a aprovação de dois financiamentos para a exportação de equipamentos e de serviços de engenharia para a Venezuela e o Equador, no valor total de US$ 387 milhões (cerca de R$ 1,15 bilhão). Segundo o banco, os financiamentos fazem parte do apoio brasileiro à integração física da América do Sul.
"O governo implementa de maneira prática a política de integração sul-americana, que é uma das prioridades do presidente [Lula]", disse o porta-voz da Presidência, André Singer.
A operação com a Venezuela (US$ 145 milhões) é a primeira da linha de crédito de US$ 1 bilhão do BNDES para o país, assinada em agosto, em Caracas, pelos presidentes Lula e Hugo Chávez.
Segundo Luiz Eduardo Melin, diretor da área de Comércio Exterior do BNDES, a situação instável do governo venezuelano não representa risco para o banco porque a operação está garantida por seguro de crédito e pelo mecanismo de CCR (Convênio de Crédito Recíproco), no qual os BCs da região são garantidores recíprocos de importações e exportações na área da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração).
O empréstimo à Venezuela é destinado à compra de equipamentos brasileiros para três hidrelétricas.
Para o Equador, foram aprovados US$ 242 milhões para a construção, pela Norberto Odebrecht, da usina de San Francisco.


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