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Mercado Aberto
Iedi acha difícil país atingir meta de Lula de 5% do PIB
Apesar de não ter sido recebida com surpresa, a expansão do
PIB de apenas 0,5% no terceiro
trimestre divulgado na semana
passada não só comprometeu
negativamente as previsões de
crescimento da economia para
este ano como também as de
2007. São cada vez mais remotas as chances de o país conseguir atingir a meta definida pelo presidente Lula de 5% de
crescimento anual de 2007 a
2010.
O pacote econômico que está
sendo elaborado pelo governo
pode até ser o primeiro grande
sinal se o país terá ou não condições de crescer 5% nos próximos anos, mas não será suficiente. O fator decisivo ainda
continua sendo os juros.
Segundo o economista Edgard Pereira, do Iedi, se estiverem certas as previsões do mercado para a trajetória da Selic
no ano que vem, o Brasil não irá
conseguir crescer a taxas de
5%. O mercado prevê que o juro
caia do atual patamar de
13,25% para cerca de 12,25%
em dezembro de 2007, o que
significa uma média superior a
12% no ano.
Para o Iedi, os juros precisariam encerrar 2007 na faixa de
11% para acelerar o crescimento do país, independentemente
das medidas que forem adotadas pelo governo. O ideal é que
o juro real feche o ano que vem
em torno de 6,5% a 7%. "O juro
pode ser o maior empecilho para o país conseguir crescer 5%",
diz Edgard Pereira.
A Carta do Iedi, que será divulgada amanhã, lembrou os
números divulgados pelo Projeto Link, da ONU, com projeções para o Brasil e demais países do mundo. O país cresce
3,3% em 2006, 4,1% em 2007 e
2008, 3,7% em 2009 e 4,9% em
2010. Os dados foram calculados antes da divulgação do PIB
do 3º trimestre.
O que mais chama a atenção,
segundo Edgard Pereira, é que
os índices de crescimento do
Brasil só são comparáveis aos
registrados pelos países desenvolvidos. De acordo com a Carta do Iedi, só Estados Unidos
(0,4%), Itália (0,3%) e França
(0%) experimentaram taxas inferiores à do Brasil na comparação do terceiro trimestre
contra o segundo.
O problema é que os países
desenvolvidos já possuem renda per capital alta e podem se
dar ao luxo de conviver sem altas taxas de crescimento, o que
não é o caso do Brasil. Já países
como o México e a Coréia do
Sul cresceram 1% e 0,9%, respectivamente, no terceiro trimestre. O contraste ainda é
maior em relação ao crescimento anual esperado para as
economias em transição (7,1%
em 2006 e 6,4% em 2007).
EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
O Brasil tem tudo para se tornar um país muito mais competitivo na exportação de serviços de tecnologia de informação. Os principais concorrentes são a China e a Índia, que
dominaram esse mercado nos últimos anos, mas que hoje já
não oferecem tantas vantagens como antes. A Unisys quer
aproveitar essa brecha e aposta todas as suas fichas na área.
"O mercado está aquecido, e as oportunidades são enormes",
diz Paulo Bonucci, presidente da multinacional de tecnologia Unisys no Brasil. O grande problema, no entanto, é a
mão-de-obra. Faltam técnicos qualificados. Trata-se de uma
contradição -enquanto em muitos setores sobra gente, em
outros falta. A chave para as empresas, segundo ele, é contratar, capacitar e tentar reter as pessoas, o que, a seu ver, é
mais difícil nessa área. "Você contrata uma pessoa, investe e
o concorrente o leva de você." Por isso, ele está adotando
um plano de retenção para evitar que isso aconteça.
BALADA DE LUXO
Com seis anos de experiência no segmento de eventos
institucionais ligados a consumo, moda e luxo no Brasil, a
Pazetto acaba de entrar no mercado internacional. A "festa de inauguração" foi a realizada em Buenos Aires, na última semana, para a Cartier, que os contratou para a produção de todos os eventos da América do Sul. "Sempre
trabalhamos na linha da glamourização do produto", diz
Marcos Augustinas, um dos sócios da empresa.
PÃO QUENTE
Seis horas foi o tempo que
levou para serem vendidos
os 50 apartamentos de um
empreendimento residencial de alto padrão, em São
Paulo. A campanha publicitária foi feita pela agência
Eugênio. O preço médio das
unidades do Reference Klabin é R$ 670 mil.
CAMA E BANHO
A Trussardi acaba de fechar parceria com o Resort
Jequitimar, do grupo Silvio
Santos. Serão fornecidas
mais de 23.500 peças.
HOMENAGEM
Paulo Fleury, diretor do
Centro de Estudos em Logística do Coppead, receberá
da Presidência da República,
na terça, a medalha do Mérito Mauá, uma homenagem a
personalidades do setor de
transportes que contribuíram para a política do governo nesse segmento.
NA TAÇA
A importadora Impexco
traz para o Brasil, no Natal, o
champanhe Heidsieck & Co
Monopole, do grupo Pommery.
ESPIÃO DA HORA
Junto ao novo filme do espião 007, que terá sua pré-estréia brasileira realizada
neste mês, a Omega lança os
novos modelos da coleção de
relógios que leva a assinatura do agente secreto. São
cinco tipos, sendo quatro
Seamaster Diver com a assinatura James Bond, e um
Planet Ocean em homenagem ao filme "Casino Royale". O modelo mais usado
pelo novo James Bond, interpretado por Daniel Craig,
o Escape Co-axial, chega ao
Brasil nesta semana com
preço sugerido de R$ 8.450.
LANÇAMENTO
O Centro de Estudos Norberto Bobbio, da Bovespa,
lança na terça, no Espaço
Bovespa, a edição brasileira
do livro "Da Estrutura à
Função - Novos Estudos de
Teoria do Direito", de autoria do filósofo italiano Norberto Bobbio. O evento contará com um debate sobre
teoria do direito com a participação dos professores Celso Lafer e Tercio Sampaio
Ferraz Jr, da Faculdade de
Direito da USP; e Mario Losano, da Universidade italiana Piemonte Orientale. O
lançamento do livro (Editora Manole) faz parte dos
projetos do Centro Bobbio
de divulgação do pensamento de um dos maiores filósofos do século 20.
FAMILY WORKSHOP
A terceira edição do Family Workshop, promovido
pelo Lide, acontece de 25 a
28 de janeiro, no Blue Tree
Park Paradise, em Mogi das
Cruzes (SP), e vai reunir 170
presidentes e seus familiares. O tema principal do
evento será "Pais felizes, líderes capazes".
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