São Paulo, quinta-feira, 03 de dezembro de 2009

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Aluguel de escritório em Rio e SP bate NY

Preço de locação em prédio de alto padrão sobe com maior procura e valorização do real e supera o de grandes centros globais

Para presidente do Creci-RJ, o movimento de alta nos preços deve continuar pelo menos até a realização da Copa do Mundo, em 2014

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

Contrariando a queda média de 8% no custo de locações comerciais no mundo, o desembolso para alugar escritórios de luxo no Rio de Janeiro subiu à segunda taxa mais elevada do mundo. Com isso, ficou à frente de algumas das principais zonas comerciais do planeta, como Midtown Manhattan, em Nova York.
Segundo levantamento da consultoria norte-americana CB Richard Ellis, os custos de locação no Rio (que incluem principalmente o aluguel, mas também tributos como IPTU) subiram 12,1% em reais no período de 12 meses, perdendo apenas para a alta de 12,3% registrada pela escocesa Aberdeen. E, afirma o estudo, os preços na capital fluminense vão continuar subindo no longo prazo, com os investimentos ligados à Olimpíada de 2016.
Além do aumento em si, o avanço do Rio entre as cidades com aluguel mais caro se deve à valorização do real, que foi a moeda que mais se apreciou neste ano. Esse mesmo motivo explica por que São Paulo, onde os preços ficaram estagnados em real, avançou da 33ª para a 16ª posição entre as mais caras.
Adriano Sartori, diretor de locação da CB Richard Ellis, diz que os preços elevados no Rio e em São Paulo se devem principalmente às baixas taxas de vacância, especialmente no primeiro caso. "O Rio de Janeiro sofre com a falta de prédios corporativos de alto padrão."
Para o presidente do Creci-RJ (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Casimiro Vale, esse movimento de alta realmente deve continuar ao menos até a Copa, em 2014, e se deve à maior procura e à falta de imóveis de alto padrão.
"Aumentou muito a procura e temos poucos lançamentos, especialmente no centro do Rio. Tem vindo muita empresa do exterior, o Brasil é a bola da vez na economia."
Ele afirma que esse cenário só vai mudar com a revitalização do porto do Rio. "Vai dar uma aliviada, vamos poder construir até 50 andares."


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