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Bolsa testa 69 mil pontos e fecha com alta de 0,30%
Bovespa resiste a dia fraco no
exterior; dólar cai a R$ 1,722
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa deu mais um passo em sua escalada rumo a um
novo pico histórico. No pregão
de ontem, após alcançar 69.139
pontos na máxima, encerrou a
68.614 pontos, com alta de
0,30%, renovando sua máxima
desde junho de 2008.
O mercado acionário se enfraqueceu no fim do dia. Em
Wall Street, onde as ações subiram durante boa parte do pregão, o resultado foi de baixa de
0,18% no Dow Jones -que reúne 30 dos papéis mais negociados. A Nasdaq subiu 0,42%.
A força demonstrada anteontem, que havia sido embalada
pela aparente resolução do problema de solvência do conglomerado Dubai World, perdeu
ímpeto. Na Europa, as Bolsas
fecharam com altas moderadas: Londres ganhou 0,29%, e
Frankfurt, 0,09%.
A esperada divulgação do livro bege -compilação de dados
econômicos dos EUA feita pelo
BC do país- não trouxe novidades que animassem os investidores. O documento apontou
que a maior economia do mundo tem demonstrado melhora
modesta nas últimas semanas.
Outro indicador relevante foi
o apresentado pela ADP sobre a
geração de empregos no setor
privado americano. A perda de
postos de trabalho ocorreu em
um ritmo menos intenso de outubro para novembro, apesar
de ter ficado um pouco aquém
das projeções.
O aumento dos estoques
americanos de petróleo e óleo
cru, também anunciado ontem,
fez com que o barril do produto
recuasse 2,26% em Nova York,
vendido a US$ 76,60.
Nesse cenário, as ações da
Petrobras recuaram. Para o papel PN, a baixa foi de 0,95%; o
ON recuou 1,10%.
Quem acabou por ser o destaque do pregão foi o setor elétrico, beneficiado, segundo
operadores, por elevação de recomendação feita por uma analista estrangeiro.
No topo das altas do Ibovespa ontem, ficou Eletrobrás
PNB, que subiu 8,54%. A ação
PN da Cemig ganhou 4,61%, e a
PNB da Eletropaulo, 3,13%.
William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em
Finanças da FGV, diz que "o
Brasil continua atraente" e que
não vai ser o IOF que passou a
ser cobrado nas operações com
renda variável que vai alterar
esse panorama.
De acordo com dados do
Banco Central, em novembro
-primeiro mês fechado em que
a taxação de 2% de IOF passou
a incidir sobre o capital externo- houve a entrada líquida no
país, até o dia 27, de US$ 2,4 bilhões por meio de operações financeiras.
Esse fluxo positivo ajuda a
explicar o porquê de o dólar seguir em níveis baixos. Com
queda de 26,2% em 2009, o dólar está em R$ 1,722. Nas operações de ontem, em que recuou
0,06%, a moeda chegou a ser
negociada a R$ 1,717.
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