São Paulo, quinta-feira, 03 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bolsa testa 69 mil pontos e fecha com alta de 0,30%

Bovespa resiste a dia fraco no exterior; dólar cai a R$ 1,722

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa deu mais um passo em sua escalada rumo a um novo pico histórico. No pregão de ontem, após alcançar 69.139 pontos na máxima, encerrou a 68.614 pontos, com alta de 0,30%, renovando sua máxima desde junho de 2008.
O mercado acionário se enfraqueceu no fim do dia. Em Wall Street, onde as ações subiram durante boa parte do pregão, o resultado foi de baixa de 0,18% no Dow Jones -que reúne 30 dos papéis mais negociados. A Nasdaq subiu 0,42%.
A força demonstrada anteontem, que havia sido embalada pela aparente resolução do problema de solvência do conglomerado Dubai World, perdeu ímpeto. Na Europa, as Bolsas fecharam com altas moderadas: Londres ganhou 0,29%, e Frankfurt, 0,09%.
A esperada divulgação do livro bege -compilação de dados econômicos dos EUA feita pelo BC do país- não trouxe novidades que animassem os investidores. O documento apontou que a maior economia do mundo tem demonstrado melhora modesta nas últimas semanas.
Outro indicador relevante foi o apresentado pela ADP sobre a geração de empregos no setor privado americano. A perda de postos de trabalho ocorreu em um ritmo menos intenso de outubro para novembro, apesar de ter ficado um pouco aquém das projeções.
O aumento dos estoques americanos de petróleo e óleo cru, também anunciado ontem, fez com que o barril do produto recuasse 2,26% em Nova York, vendido a US$ 76,60.
Nesse cenário, as ações da Petrobras recuaram. Para o papel PN, a baixa foi de 0,95%; o ON recuou 1,10%.
Quem acabou por ser o destaque do pregão foi o setor elétrico, beneficiado, segundo operadores, por elevação de recomendação feita por uma analista estrangeiro.
No topo das altas do Ibovespa ontem, ficou Eletrobrás PNB, que subiu 8,54%. A ação PN da Cemig ganhou 4,61%, e a PNB da Eletropaulo, 3,13%.
William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV, diz que "o Brasil continua atraente" e que não vai ser o IOF que passou a ser cobrado nas operações com renda variável que vai alterar esse panorama.
De acordo com dados do Banco Central, em novembro -primeiro mês fechado em que a taxação de 2% de IOF passou a incidir sobre o capital externo- houve a entrada líquida no país, até o dia 27, de US$ 2,4 bilhões por meio de operações financeiras.
Esse fluxo positivo ajuda a explicar o porquê de o dólar seguir em níveis baixos. Com queda de 26,2% em 2009, o dólar está em R$ 1,722. Nas operações de ontem, em que recuou 0,06%, a moeda chegou a ser negociada a R$ 1,717.


Texto Anterior: FGTS: Senado aprova saque antes da aposentadoria
Próximo Texto: Ajuda: BofA diz que vai devolver US$ 45 bi para o governo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.