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Petróleo e EUA fazem Bolsas ter dia instável
Bovespa fecha em alta de 0,12%, e dólar recua 1,01%
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados tiveram ontem
mais um dia instável, ainda devido à alta no preço do petróleo,
que voltou a passar de US$ 100,
e às dúvidas sobre a força do
mercado de trabalho nos EUA.
Pela manhã, os mercados
chegaram a trabalhar em território positivo, com dados considerados bons sobre as encomendas à indústria americana,
mas recuaram com indícios no
comércio de que o nível de emprego e de renda nos EUA enfraqueceu em dezembro.
No final do dia, a Bovespa encerrou com alta modesta de
0,12%, com o Ibovespa em
62.891 pontos e volume financeiro de apenas R$ 4,3 bilhões,
abaixo da média de R$ 6 bilhões
das últimas semanas. Nos EUA,
a Bolsa de Nova York teve alta
de 0,10% no índice Dow Jones,
enquanto a Nasdaq registrou
recuo de 0,27%.
Hoje, o Departamento de
Trabalho americano divulgará
dados sobre a geração de vagas,
renda e taxa de desemprego em
dezembro. Os indicadores
mostrarão o grau de desaquecimento econômico após a crise
no mercado imobiliário.
Pacote
No Brasil, o mercado recebeu
bem o pacote de medidas para
cobrir o rombo da arrecadação
com o fim da CPMF. A preocupação era que o governo cortasse menos o Orçamento e só elevasse os tributos.
Para Newton Rosa, economista da Sul América Investimentos, as medidas ficaram
dentro da "margem de manobra" que o governo tinha para
contornar a perda de arrecadação. "A recepção foi boa e reafirmou o compromisso com o
equilíbrio fiscal. Não havia expectativa de um corte mais forte no lado da despesa, então optaram por mexer nos impostos
em que não há um custo político. A CSLL dificilmente deixará
de ser aprovada. O lado do corte
ainda está nebuloso e dificilmente o PAC vai escapar, apesar do discurso", afirmou.
"Foi bem calculado e mostrou uma resposta rápida a um
problema. É factível deixar essa
folga de R$ 10 bilhões [para cobrir a perda de arrecadação],
pois o país está crescendo. Garante o cumprimento de metas
fiscais", disse Flavio Serrano,
economista da López León.
Por conta do pacote, as ações
de bancos voltaram a cair com a
previsão de encarecimento do
crédito e da diminuição do lucro com o aumento da CSLL.
Os papéis ON do Banco do Brasil tiveram baixa de 1,51%, enquanto os PN do Bradesco recuaram 2,01% e os do Itaú, 1,88%. As ações Unit do Unibanco caíram 1,73%.
O dólar comercial teve queda
de 1,01% e terminou cotado a
R$ 1,753, menor valor desde 16
de novembro. O Banco Central
comprou dólares a R$ 1,752.
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