DA SUCURSAL DO RIO

O controlador da Gol, o fundo Asas, descartou oficialmente, no curto prazo, a hipótese de fechar o capital da companhia aérea. Em comunicado enviado ao mercado, o fundo afirma que "neste momento" não tem planos para realizar uma oferta pública de cancelamento do registro de companhia aberta da Gol. No final do pregão, as ações PN da empresa estavam em queda de 5,18%.
O fundo informou ainda que realizou compras de ações no mercado e que pode efetuar novas operações ou ofertas públicas de aquisição, desde que não signifiquem o fechamento do capital.
A hipótese de fechar o capital foi levantada pelo próprio controlador em setembro do ano passado. Na época, a notícia surpreendeu analistas, que não viam lógica em uma operação considerada cara e que ainda poderia resultar em maior dificuldade no acesso a crédito.
"Foi estranho, esse comunicado trouxe mais dúvidas do que certezas. Os papéis caíram porque o mercado trabalhava mais fortemente com a hipótese de fechamento do capital", afirmou Kelly Trentim, da corretora SLW.
Quando o comunicado foi divulgado, em setembro do ano passado, as ações chegaram a subir 10,67% em um único pregão, cotadas a R$ 44,90. O aumento era motivado pela perspectiva de um lucro maior com o prêmio que poderia ser oferecido aos investidores em caso de recompra dos papéis. Sem essa opção no curto prazo, os papéis despencaram e voltaram ao patamar dos R$ 40.
Segundo analistas ouvidos pela Folha, o montante de recompra não foi significativo e a intenção do controlador teria sido a de demonstrar que continuam apostando na companhia.


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