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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Cenário fica mais positivo para os bancos
Um cenário positivo para o
setor bancário nacional, com
aumento do crédito, de um lado, e, de outro, redução de
"spreads" e da taxa de inadimplência em novembro passado
em relação ao mês anterior.
O panorama esboçado em relatório do Credit Suisse sobre o
desempenho dos bancos reforça uma tendência para 2010, de
acordo com analistas do banco.
Neste ano, os financiamentos devem subir ao menos 10%,
principalmente por um forte
desempenho no varejo, segundo analistas do Credit Suisse. A
taxa de inadimplência também
deve ser influenciada por um
melhor desempenho no varejo,
enquanto o corporativo deve
reagir mais lentamente, segundo projeções do banco. A inadimplência deve chegar a 4,5%
em 2010, estimam analistas.
Os empréstimos cresceram
no total 1,6% em novembro
com relação ao mês anterior e
16,7% em relação ao ano anterior, considerando a apreciação
do real de 31,4% ante 2008.
O crédito em relação ao PIB
alcançou 44,9% em novembro.
No varejo, o crescimento foi
de 1,3% em novembro ante o
mês anterior. Apesar do declínio no "leasing", de 1,1% no período, a maior parte das modalidades de financiamento apresentou resultado positivo. No
cartão de crédito, a alta foi de
4,2% no período. No financiamento de automóveis, a taxa
subiu 1,8% em novembro ante
outubro e, no segmento corporativo, o aumento foi de 1,5%.
A inadimplência continuou a
melhorar. No crédito comercial
caiu dez pontos básicos em novembro. Os "spreads", por sua
vez, caíram 90 pontos básicos
em relação a outubro, sendo
que no varejo a redução foi de
130 pontos básicos. No total, os
"spreads" caíram de 26% para
25,1% em novembro.
VOLEIO
A Tivit abre hoje uma unidade em Curitiba para
dar conta de um novo cliente da área financeira. "Temos a possibilidade de vir a atender globalmente a
este banco", diz Luiz Mattar, principal executivo da
empresa especializada em terceirização de serviços
de tecnologia. O investimento foi de R$ 30 milhões.
Em 2009, a Tivit cresceu menos do que o seu histórico de quatro anos, que tem sido de cerca de 30%, segundo Mattar, tenista profissional até 1995, que diz
ainda não poder divulgar o resultado final. Em meados de dezembro, a empresa fez empréstimo de R$
150 milhões no BNDES, reajustado a TJLP mais 1,5%
ao ano. Pouco antes do Natal, a BM&F Bovespa solicitou esclarecimentos em razão da alta de suas ações
por dez dias. Em comunicado ao mercado, a empresa
respondeu que não sabe explicar o que houve.
O que estou lendo
EDIMAR RACHA
Consultor sênior do Itaú BBA: "Mais ou menos de economia, a única coisa que estou lendo é ‘Shakespeare e a Economia’, do Gustavo Franco. Se vale literatura, minha pilha atual contém‘O Seminarista’, de RubemFonseca, ‘Clarisse’, de BenjamimMoser, ‘TheHumbling’, de Phillip Roth, ‘Too Much Happiness’, deAliceMunrow, e ‘Seven Types of Ambiguity’, de Elliot Perlman"
Para onde olhar em 2010...
na área tributária
"A campanha eleitoral exigirá mais recursos em propagandas e benesses, fato que acarretará uma pressão tributária maior. Por outro lado, para 675 mil servidores públicos da União, o governo federal destinou R$ 183 bilhões, incluindo inativos, só para mão de obra oficial. Ou seja, seis vezes todo o orçamento de São Paulo, a maior cidade do país, que tem 11 milhões de habitantes!
No orçamento de 2008, a mão de obra oficial consumia R$ 126,9 bilhões.Osalto, em dois anos, foi fantástico. O PAC terá em2010 apenas R$ 29 bilhões e o Bolsa Família, pouco mais de R$ 12 bilhões.
Pagamos tributos para sustentar os detentores do poder. Somos reféns da burocracia. A carga burocrática é aquela O advogado Ives Gandra que condiciona a carga tributária."
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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