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Ano começa com foco no desemprego dos EUA
No Brasil, destaque fica para balança comercial e inflação
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados globais iniciam
hoje o ano útil, com suas carteiras zeradas após a forte recuperação vista ao longo de 2009. A
expectativa é a de mais um ano
positivo para a Bolsa, mas com
espaço reduzido para valorização devido à alta registrada no
ano passado. No Brasil, a Bolsa
teve alta de 82,7% no Ibovespa,
enquanto o índice Dow Jones
subiu 18,8% nos EUA.
A agenda da semana concentra indicadores de emprego,
atividade industrial, desempenho do setor de serviços e vendas do varejo nos EUA, que passaram o segundo Natal em
meio à crise financeira.
Hoje, sai o índice de dezembro do ISM (gerentes de compras) para a atividade industrial, um dos principais termômetros da demanda nos EUA. A
expectativa é a de sensível recuperação no final do ano.
Amanhã, sai o último relatório
do ano sobre o desempenho do
comércio varejista.
O principal foco, porém, é a
divulgação na sexta da taxa de
desemprego de dezembro nos
EUA. A previsão é que tenha ficado em 10,1% -em novembro,
estava em 10%. O indicador de
emprego é utilizado nas projeções de receita das empresas.
No Brasil, o destaque da semana fica para a divulgação de
mais dois índices de inflação fechados de 2009 -IGP-DI e IPC
da Fipe- e para o resultado da
balança comercial de 2009, que
sai hoje. A expectativa é que a
balança tenha terminado 2009
com superavit de US$ 24,57 bilhões -até o último dia 20, já
somara US$ 23,798 bilhões.
Para o IGP-DI, que sai na
sexta, os analistas preveem deflação anual de 1,3% -o IGP-M
teve queda 1,72% em 2009. Já o
IPC da Fipe deve terminar o
ano com alta de 3,78%.
Com o recuo nas expectativas de inflação, crescem as
apostas de que o Banco Central
adiará para o segundo semestre
o aumento na taxa básica de juros (hoje em 8,75%), mantendo
a atratividade da Bolsa.
"É muito difícil termos em
2010 uma alta da Bolsa maior
do que a verificada em 2009.
Mas a excelente performance
da economia brasileira, a expansão do crédito e a melhora
da eficiência das empresas devem permitir a expansão dos
resultados das companhias que
souberam tirar proveito da crise", disse José Góes, economista da WinTrade, homebroker
da corretora Alpes.
Já Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentágono Asset, vê
um ano arriscado para a Bolsa
devido à possível volatilidade
causada pelas eleições e o risco
crescente de calote de empresas e governos. "Hoje, muitos
investidores possuem o desejo
íntimo de vender suas ações."
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