São Paulo, segunda-feira, 04 de janeiro de 2010

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Ano começa com foco no desemprego dos EUA

No Brasil, destaque fica para balança comercial e inflação

DA REPORTAGEM LOCAL

Os mercados globais iniciam hoje o ano útil, com suas carteiras zeradas após a forte recuperação vista ao longo de 2009. A expectativa é a de mais um ano positivo para a Bolsa, mas com espaço reduzido para valorização devido à alta registrada no ano passado. No Brasil, a Bolsa teve alta de 82,7% no Ibovespa, enquanto o índice Dow Jones subiu 18,8% nos EUA.
A agenda da semana concentra indicadores de emprego, atividade industrial, desempenho do setor de serviços e vendas do varejo nos EUA, que passaram o segundo Natal em meio à crise financeira.
Hoje, sai o índice de dezembro do ISM (gerentes de compras) para a atividade industrial, um dos principais termômetros da demanda nos EUA. A expectativa é a de sensível recuperação no final do ano. Amanhã, sai o último relatório do ano sobre o desempenho do comércio varejista.
O principal foco, porém, é a divulgação na sexta da taxa de desemprego de dezembro nos EUA. A previsão é que tenha ficado em 10,1% -em novembro, estava em 10%. O indicador de emprego é utilizado nas projeções de receita das empresas.
No Brasil, o destaque da semana fica para a divulgação de mais dois índices de inflação fechados de 2009 -IGP-DI e IPC da Fipe- e para o resultado da balança comercial de 2009, que sai hoje. A expectativa é que a balança tenha terminado 2009 com superavit de US$ 24,57 bilhões -até o último dia 20, já somara US$ 23,798 bilhões.
Para o IGP-DI, que sai na sexta, os analistas preveem deflação anual de 1,3% -o IGP-M teve queda 1,72% em 2009. Já o IPC da Fipe deve terminar o ano com alta de 3,78%.
Com o recuo nas expectativas de inflação, crescem as apostas de que o Banco Central adiará para o segundo semestre o aumento na taxa básica de juros (hoje em 8,75%), mantendo a atratividade da Bolsa.
"É muito difícil termos em 2010 uma alta da Bolsa maior do que a verificada em 2009. Mas a excelente performance da economia brasileira, a expansão do crédito e a melhora da eficiência das empresas devem permitir a expansão dos resultados das companhias que souberam tirar proveito da crise", disse José Góes, economista da WinTrade, homebroker da corretora Alpes.
Já Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentágono Asset, vê um ano arriscado para a Bolsa devido à possível volatilidade causada pelas eleições e o risco crescente de calote de empresas e governos. "Hoje, muitos investidores possuem o desejo íntimo de vender suas ações."


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