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Goldman Sachs agora afirma que errou ao rebaixar nota do Brasil
DA FOLHA ONLINE
O banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs admitiu ontem que errou ao rebaixar o Brasil em janeiro, quando
previu dificuldades do novo governo em colocar suas políticas
em prática.
"Nossa visão estava baseada na
tradicional retórica econômica de
esquerda do PT e do presidente
Lula. No entanto, estávamos errados", diz a instituição em relatório
enviado ontem aos clientes, no
qual justifica as perdas da carteira
indicada para o mês.
Em janeiro, o risco-país do Brasil, que mede o desempenho dos
títulos da dívida externa do país e
a confiança dos investidores internacionais, caiu 8,5%, de 1.445
para 1.323 pontos.
Agora, o Goldman Sachs afirma
que está "menos pessimista" em
relação às perspectivas econômicas e financeiras do Brasil.
Apesar dessa nova avaliação, a
instituição cita dois fatores para o
país permanecer na categoria de
"underweight" (abaixo do peso
do mercado): a possibilidade de
uma guerra no Iraque e a necessidade de apoio no Congresso para
a aprovação das reformas.
De acordo com o banco, uma
guerra no Iraque teria um impacto negativo em países como o Brasil, que dependem do crédito externo.
A instituição diz que o novo governo está concentrado em políticas corretas, como o ajuste fiscal e
o aperto da política monetária.
Exemplo disso foi a elevação da
taxa básica de juros da economia,
no último dia 22, de 25% para
25,5% anuais.
No dia 13 de janeiro, quando foi
divulgado o rebaixamento do
mercado brasileiro pelo Goldman
Sachs, a Bovespa fechou em queda de 1,08%.
Naquele mesmo dia, os bancos
Merrill Lynch e Bear Stearns divulgaram que tinham confiança
na economia do país.
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