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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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Goldman Sachs agora afirma que errou ao rebaixar nota do Brasil

DA FOLHA ONLINE

O banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs admitiu ontem que errou ao rebaixar o Brasil em janeiro, quando previu dificuldades do novo governo em colocar suas políticas em prática.
"Nossa visão estava baseada na tradicional retórica econômica de esquerda do PT e do presidente Lula. No entanto, estávamos errados", diz a instituição em relatório enviado ontem aos clientes, no qual justifica as perdas da carteira indicada para o mês.
Em janeiro, o risco-país do Brasil, que mede o desempenho dos títulos da dívida externa do país e a confiança dos investidores internacionais, caiu 8,5%, de 1.445 para 1.323 pontos.
Agora, o Goldman Sachs afirma que está "menos pessimista" em relação às perspectivas econômicas e financeiras do Brasil.
Apesar dessa nova avaliação, a instituição cita dois fatores para o país permanecer na categoria de "underweight" (abaixo do peso do mercado): a possibilidade de uma guerra no Iraque e a necessidade de apoio no Congresso para a aprovação das reformas.
De acordo com o banco, uma guerra no Iraque teria um impacto negativo em países como o Brasil, que dependem do crédito externo.
A instituição diz que o novo governo está concentrado em políticas corretas, como o ajuste fiscal e o aperto da política monetária. Exemplo disso foi a elevação da taxa básica de juros da economia, no último dia 22, de 25% para 25,5% anuais.
No dia 13 de janeiro, quando foi divulgado o rebaixamento do mercado brasileiro pelo Goldman Sachs, a Bovespa fechou em queda de 1,08%.
Naquele mesmo dia, os bancos Merrill Lynch e Bear Stearns divulgaram que tinham confiança na economia do país.


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