São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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Estrangeiro foge da Bolsa pelo oitavo mês seguido

Saída alcança R$ 646 mi; ontem Bovespa subiu 2,8%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os investidores estrangeiros ensaiaram uma retomada de compras na Bovespa no começo de 2009. Mas o esperado retorno não se sustentou e o resultado foi o saldo negativo de R$ 646 milhões nas operações com capital externo registrado na Bolsa em janeiro.
Com mais um balanço negativo, a Bolsa amargou o oitavo mês de fuga de capital externo de seu pregão. Como a categoria responde por 34% das negociações totais realizadas na Bolsa, a contínua venda de ações que tem protagonizado acaba por tirar forças da esperada recuperação do mercado acionário brasileiro.
Ao menos o maior apetite demonstrado pelos investidores locais tem ajudado a Bovespa a conseguir se destacar neste começo de 2009. Após a valorização de 2,79% registrada ontem, o índice Ibovespa passou a acumular uma apreciação de 5,85% neste ano.
As principais Bolsas -que, diferentemente da Bovespa, estão no vermelho em 2009- reagiram ontem. Dados menos desanimadores da economia americana e a alta do petróleo ajudaram o mercado a respirar.
Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones encerrou com uma alta de 1,78%. A Bolsa de Londres subiu 2,13%.
O resultado das vendas de moradias pendentes nos Estados Unidos mostraram elevação de 6,3% em dezembro, sendo o primeiro mês de aumento desde agosto.
Na Bovespa, as expressivas valorizações de Vale e Petrobras foram decisivas para o resultado positivo do pregão. Ontem o Ibovespa encerrou aos 39.746 pontos.
As empresas de siderurgia e mineração atraíram os investidores com a informação de que produtos do setor siderúrgico têm registrado alta na China.
As ações preferenciais "A" da Vale foram as mais negociadas no pregão de ontem, com 17% da movimentação total, e subiram 4,5%. O papel ON da Gerdau subiu 4,98%, e Siderúrgica Nacional ON ganhou 3,23%.
Para a Petrobras, a alta do barril de petróleo, que subiu 1,75%, a US$ 40,78, foi um fator favorável a seu desempenho. O papel PN da Petrobras fechou com apreciação de 3,60%.
Em um dia menos tenso, o dólar terminou com baixa em relação ao real. A moeda registrou recuo de 0,13%, para encerrar vendida a R$ 2,321.
(FABRICIO VIEIRA)


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