São Paulo, Quinta-feira, 04 de Fevereiro de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

R$ 178 mi deixaram a Bolsa em janeiro

da Reportagem Local

Os investidores estrangeiros continuaram a deixar o mercado acionário brasileiro neste início de ano, embora a Bolsa de Valores de São Paulo tenha registrado dias de forte alta após a desvalorização cambial.
Segundo balanço divulgado ontem pela Bovespa, a saída líquida de recursos estrangeiros em janeiro foi de R$ 178,5 milhões.
Durante o mês, R$ 2,58 bilhões dos investidores internacionais entraram na Bolsa. Mas as saídas foram superiores, atingindo R$ 2,76 bilhões.
Prossegue, assim, a tendência de saída de estrangeiros da Bolsa brasileira. Em 98, a fuga total ficou em R$ 2,62 bilhões.
Em janeiro do ano passado, entretanto, o resultado havia sido positivo em R$ 157,2 milhões.
Ontem, a Bovespa viveu o segundo dia de realização de lucros após seis pregões consecutivos de forte alta. A queda ficou em 0,63%, com um volume negociado de R$ 445,3 milhões.
O movimento foi considerado natural. A projeção é de queda do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 99, o que não condiz com a alta exagerada da Bolsa, dizem analistas.
A alta recente vinha sendo atribuída a uma "correção cambial". Os ADR (recibos de ações negociados no exterior) de ações brasileiras subiam em Nova York, o que tornava a mesma ação muito barata no Brasil e atraia compradores.
Segundo operadores, ontem não houve entrada de investidores estrangeiros, como estava ocorrendo nos pregões anteriores.

Título da dívida
O C-bond, principal título da dívida externa renegociada do país, ficou praticamente estável. Ele fechou cotado a 57,15% do seu valor de face, contra 58% na véspera.
O título chegou a alcançar 59,5% durante o dia, mas depois recuou. Segundo operadores, houve ausência de notícias capazes de mudar o rumo do papel.
Wall Street fechou em alta de 1%, depois que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) decidiu não mexer na taxa de juro básica da economia norte-americana.
A taxa foi mantida em 4,75% ao ano. A atitude animou os investidores, que ganharam motivos para crer que a prosperidade da economia do país vai continuar. (VANESSA ADACHI)


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