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MERCADO FINANCEIRO
R$ 178 mi deixaram a Bolsa em janeiro
da Reportagem Local
Os investidores estrangeiros
continuaram a deixar o mercado
acionário brasileiro neste início de
ano, embora a Bolsa de Valores de
São Paulo tenha registrado dias de
forte alta após a desvalorização
cambial.
Segundo balanço divulgado ontem pela Bovespa, a saída líquida
de recursos estrangeiros em janeiro foi de R$ 178,5 milhões.
Durante o mês, R$ 2,58 bilhões
dos investidores internacionais
entraram na Bolsa. Mas as saídas
foram superiores, atingindo R$
2,76 bilhões.
Prossegue, assim, a tendência de
saída de estrangeiros da Bolsa brasileira. Em 98, a fuga total ficou em
R$ 2,62 bilhões.
Em janeiro do ano passado, entretanto, o resultado havia sido
positivo em R$ 157,2 milhões.
Ontem, a Bovespa viveu o segundo dia de realização de lucros
após seis pregões consecutivos de
forte alta. A queda ficou em
0,63%, com um volume negociado
de R$ 445,3 milhões.
O movimento foi considerado
natural. A projeção é de queda do
PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 99, o que não condiz
com a alta exagerada da Bolsa, dizem analistas.
A alta recente vinha sendo atribuída a uma "correção cambial".
Os ADR (recibos de ações negociados no exterior) de ações brasileiras subiam em Nova York, o
que tornava a mesma ação muito
barata no Brasil e atraia compradores.
Segundo operadores, ontem não
houve entrada de investidores estrangeiros, como estava ocorrendo nos pregões anteriores.
Título da dívida
O C-bond, principal título da dívida externa renegociada do país,
ficou praticamente estável. Ele fechou cotado a 57,15% do seu valor
de face, contra 58% na véspera.
O título chegou a alcançar 59,5%
durante o dia, mas depois recuou.
Segundo operadores, houve ausência de notícias capazes de mudar o rumo do papel.
Wall Street fechou em alta de
1%, depois que o Federal Reserve
(Banco Central dos EUA) decidiu
não mexer na taxa de juro básica
da economia norte-americana.
A taxa foi mantida em 4,75% ao
ano. A atitude animou os investidores, que ganharam motivos para crer que a prosperidade da economia do país vai continuar. (VANESSA ADACHI)
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