São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2004

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Schincariol quer que o Cade barre as negociações

DA FOLHA ONLINE
DE NOVA YORK

A Schincariol, segunda maior cervejaria do Brasil, contesta a versão da belga Interbrew e da AmBev de que a negociação anunciada ontem não pode ser caracterizada tecnicamente como fusão nem como compra.
Segundo o gerente de marketing do grupo Schincariol, Luiz Claudio Araújo, a operação foi de compra. "É claro que foi operação de compra e venda. A Interbrew terá 52,8% do capital votante. Isso caracteriza a operação de compra da AmBev", disse.
Para ele, a AmBev estaria tentando "mascarar" a operação de venda para não descaracterizar o discurso nacionalista feito durante a fusão entre a Antarctica e a Brahma, em 1999.
A Schincariol espera que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) barre a operação no país, segundo Araújo. "Mesmo diante da possibilidade de troca de ações, no Brasil ou no exterior, haverá alienação indireta de participação do mercado nacional", disse.
A empresa ainda não se comunicou com o Cade e estuda com seu departamento jurídico entrar com uma ação na Justiça. "O Cade vai ter que se pronunciar, porque essa negociação é uma fusão como a da Nestlé-Garoto e a do Pão de Açúcar-Sendas", afirmou Araújo.
A americana Anheuser-Busch divulgou nota na qual saúda a transação entre a AmBev e a Interbrew. Hoje, a empresa americana ostenta o primeiro lugar mundial em vendas. A companhia afirma que não teme a concorrência e diz que a fusão não afeta os seus negócios.


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