São Paulo, sábado, 04 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice ENERGIA Integração energética formará grande bloco na América Latina, diz analista Como já ocorreu na Europa, os países sul-americanos têm atualmente a oportunidade de dar início a um grande bloco econômico a partir da integração energética que se discute no continente. A opinião é de Manilo Coviello, integrante da área de infra-estrutura da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe). Segundo Coviello, porém, a integração energética e o projeto que formaria um "arco central" para a integração, o gasoduto Argentina-Brasil-Venezuela, são essencialmente "questões políticas", que dependem do resultado das eleições presidenciais de outubro do Brasil. "Quando se trata de projetos dessa envergadura [o do gasoduto], o tema é evidentemente político", disse. Foi justamente um gasoduto ligando o Leste Europeu e a ex-União Soviética, segundo ele, que permitiu a integração energética da Europa e a posterior formação de um bloco econômico. Indagado se a convergência à esquerda de governos sul-americanos facilitaria esse processo, Coviello respondeu: "Ainda é cedo para dizer. Faltam eleições no Brasil e no Peru. Creio que a eleição no Brasil é fundamental, pois o país é o grande motor da integração energética". Para ele, historicamente, a integração energética "ajuda" a promover integração social e política. "Essa é a experiência que a Europa teve", afirmou. Lá, a União Européia surgiu a partir das discussões e tratados para explorar conjuntamente recursos energéticos, especialmente o carvão. De acordo com o especialista, a integração na América Latina é mais fácil, uma vez que se trata de uma região com maior hegemonia e com uma menor variedade de idiomas e culturas do que na Europa. (PEDRO SOARES, DA SUCURSAL DO RIO) Texto Anterior: Panorâmica - Hora do Leão: Correio terá formulário em papel para o IR Próximo Texto: Contas vigiadas: Edemar terá de deixar casa onde vive Índice

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