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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Economia avança em ritmo acelerado
A economia brasileira está
crescendo em ritmo bastante
acelerado. Todos os indicadores apontam nesta direção nestes três primeiros meses. Desde
a produção de tratores até a
venda de veículos, os sinais são
de que o país cresce a um ritmo
muito elevado.
O economista Octavio de
Barros, diretor de pesquisa macroeconômica do Bradesco, é
uma das pessoas que mais medem o pulso da economia.
Diante dos dados desse início
do ano, ele não descarta a possibilidade de o Brasil crescer 5%
em 2007. Por enquanto, ele
mantém a previsão de 4,5%.
O economista discorda da
opinião de muitos de que o país
esteja sofrendo um processo de
desindustrialização. Sua tese é
de que a indústria está até se
fortalecendo. "Estão confundindo adaptação competitiva
com desindustrialização", diz.
O que está acontecendo no
país, segundo Octavio de Barros, é uma mudança de paradigma. O Brasil, a seu ver, está na
ante-sala de uma mudança estrutural positiva que garantirá
taxas de crescimento mais altas
do que a média dos últimos três
anos, que foi de 4,11%.
De acordo com Octavio de
Barros, em uma economia dinâmica como a brasileira não se
pode subestimar os efeitos da
baixa volatilidade do PIB, da inflação solidamente baixa, do
menor custo do capital, da melhor solvência e das melhoras
institucionais e sociais sobre o
processo de decisão das famílias e das empresas.
"As empresas brasileiras são
melhores, mais criativas e flexíveis do que seus pares em outros emergentes e estamos ingressando em um ciclo de investimentos muito importante
no Brasil", diz Barros. " Muita
gente que não acredita neste
cenário pode perder boas oportunidades."
O economista concorda que,
em alguns setores, esse processo de adaptação seja mais complexo e difícil, mas ele acha que,
de forma geral, a cada dia a indústria brasileira fica mais forte e amadurecida estrategicamente. Ele diz que não vê, há
muito tempo, um apetite tão
grande do empresário por tomada de risco.
"O espírito animal empresarial começa a se soltar progressivamente, apesar de todas as
dificuldades remanescentes."
Para reforçar marca, grife vai até Hollywood
Aos 15 anos de idade, a
marca de calçados femininos paulista Carmen Steffens tem um amplo projeto
para reforçar sua marca.
Entre as ações está a participação no seriado norte-americano "Desperate Housewives", nos pés da personagem Gabrielle.
Segundo o diretor da grife
Gabriel Spaniol, responsável
pelas lojas no exterior, a participação, na verdade, foi involuntária. "Temos uma loja
em Los Angeles e fomos descobertos pela figurinista da
série, que amou nossas peças", diz.
Outra ação é a repaginação de cem lojas no Brasil e
12 no exterior. A primeira
delas, em Franca (SP), já foi
reinaugurada. "Até o final do
primeiro semestre de 2007 a
meta é mudar todas as lojas
do Brasil e do exterior", diz
Mário Spaniol, que fundou a
rede em 1992.
Na agenda de 2007, estão
programadas ainda inaugurações de lojas na Austrália e
na África do Sul, no segundo
semestre. Já em 2008, a
marca abre sua primeira loja
no Japão.
Hoje, a Carmen Steffens já
tem lojas no Estados Unidos, México, Portugal, Paraguai e Arábia, além das unidades brasileiras.
DOIS PESOS
Rogelio Golfarb (Anfavea)
se reuniu ontem em Brasília
com Miguel Jorge (Desenvolvimento) para uma radiografia do setor automobilístico. No mercado interno,
os números não poderiam
ser melhores. A Anfavea está
revendo suas projeções para
o ano. As vendas serão superiores aos 2,1 milhões previstos. Já as exportações caíram 12% e as importações
subiram 130%. Miguel Jorge
ouviu muito e falou pouco.
NOVA CADEIRA
Guilherme Laager deixou
a presidência da Varig para
assumir vaga no conselho de
administração da VarigLog.
A mudança já era prevista
depois de a Varig ser comprada pela Gol. Constantino
Oliveira Junior, dono da
Gol, ainda não definiu o novo desenho da Varig.
HOMENAGEM
Zilda Arns, coordenadora
da Pastoral da Criança, será
homenageada no Fórum
Empresarial de Comandatuba. Receberá o prêmio
Personalidade Feminina do
Lidem na noite do dia 19.
MAIS UMA VÍTIMA
O economista Yoshiaki
Nakano está de molho. Motivo: dengue. Ele mora no
Pacaembu (SP), que tem sofrido com o Aedes aegypti.
O RETORNO
Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica
Federal, assumiu a presidência do primeiro site de
busca vertical para imóveis
do país, uma espécie de mini-Google imobiliário. O
convite partiu de Gustavo
Moreira de Souza, da Brascan, e de Cláudio Maurício,
ex-Clube Chocolate. Os dois
já investiram US$ 2 milhões
no projeto. O site chama-se
Vericia.com e já está no ar. A
projeção é de, em um ano,
ter 100 mil imóveis listados
no portal.
CONSTRUÇÃO
O nível de emprego da
construção pesada caiu
0,03% em fevereiro, com a
demissão de dez trabalhadores, em relação a janeiro. Segundo o Sinicesp (sindicato
do setor), nos últimos 12 meses houve queda de 4,26%,
com fechamento de 1.446
postos. Em fevereiro de
2006, o setor empregava
33.931. Em fevereiro deste
ano, contabilizaram 32.485
empregados. Em janeiro, foram registrados 32.495 trabalhadores empregados.
Quando o estudo começou a
ser feito, em 1986, o setor
empregava mais de 130 mil.
ARIGATÔ
Clientes do Banco do Brasil que estão no Japão já poderão realizar operações em
português nos 6.500 terminais de auto-atendimento
do Banco Mitsui Sumitomo
distribuídos pelas ilhas do
país. A escolha do idioma fica a critério do cliente, que
faz a sua seleção no próprio
terminal. O Banco do Brasil
está presente no Japão desde 1972.
EMPREENDEDOR
A Fundação Abrinq, em
parceria com o Citigroup,
acaba de beneficiar 18 jovens de São Paulo com microcrédito de R$ 550 e treinamento em gestão. Até
2008, a meta é apoiar 720
empreendedores.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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