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REAJUSTE
Preço das massas deve subir até 10% na próxima semana
DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O preço das massas alimentícias vai subir até 10% a
partir do dia 15 deste mês, segundo anunciou ontem a
Abima (associação da indústria do setor).
"A variação do aumento
vai depender da planilha de
custos de cada fabricante",
diz Egbert Toledo, do comitê
de marketing da entidade.
Ele afirma que o aumento
será em razão de repasse de
30% do preço do trigo, provocado pela quebra da safra
nacional no ano passado e
pela recente proibição de exportação do produto da Argentina. "Quem quiser trazer
trigo de outro país, fora do
Mercosul, tem de pagar 10%
a mais pela cobrança da TEC
(Tarifa Externa Comum) e
mais o frete, o que inviabiliza
a operação", afirma Toledo.
Segundo explica, o trigo participa com mais de 50% na
composição do preço final do
macarrão.
O Sindustrigo (reúne as indústrias de trigo paulista) informa que, há um mês, o trigo argentino era comprado
por US$ 180, hoje passou para US$ 210. "O governo poderia contornar esse problema
isentando da TEC as importações de outros países", diz
Luiz Marinho, representante da entidade.
Ele afirma que o setor está
negociando essa possibilidade com quatro ministérios.
"Não temos ainda uma posição. Mas de hoje até 15 dias
os padeiros já terão problemas e terão de vender pão
mais caro", diz Marinho.
O Sindipan (indústria de
panificação paulista) nega o
reajuste. "O aumento do preço da farinha de trigo não foi
consumado, e o mercado está abastecido, por isso o reajuste do pão não se sustenta",
diz Antero José Pereira, presidente do sindicato. A Abip
(associação brasileira do setor) confirma a informação.
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