São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2008

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Bernanke defende a ajuda ao Bear Stearns

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, defendeu a ajuda do órgão ao Bear Stearns -o quinto maior banco de investimento do país, que enfrentou rumores de falência devido à crise financeira.
Em março, o Fed concedeu empréstimo de US$ 29 bilhões ao JPMorgan, para a compra do banco. Bernanke foi convocado pelo Senado para esclarecer a operação em um momento de avaliação sobre a modernização da regulação financeira.
"Nós julgamos que uma repentina e desordenada quebra do Bear traria conseqüências imprevisíveis, mas severas, em todo o sistema financeiro e na economia", disse Bernanke.
Segundo ele, é justo dizer que o Fed salvou o mercado financeiro por meio da ajuda ao Bear Stearns, mesmo que o banco não tenha sido beneficiado do salvamento. "Se for dito que salvamos o mercado em geral, acho que é verdade."
A decisão do Fed teria sido outra, de acordo com Bernanke, se as condições econômicas não fossem tão frágeis.
O presidente do Fed de Nova York, Timothy Geithner -também presente à sessão de explicações-, teve a mesma posição, mas disse que é preciso aumentar a regulação sobre as empresas financeiras de Wall Street para impedir que outros bancos precisem de ajuda semelhante à dada ao Bear Stearns.
Ainda houve depoimentos do secretário de Finanças Domésticas do Tesouro, Robert Steel, e o presidente da SEC (equivalente à CVM), Christopher Cox.
Ainda ontem, Alan Schwartz, presidente do Bear Stearns, disse que o banco poderia ter sobrevivido à crise se o Fed tivesse agido antes e por meio de empréstimos aos bancos de investimento.


Com agências internacionais


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