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Bancos dos EUA estudam compra de papéis "podres", afirma jornal
DA REDAÇÃO
Alguns dos bancos que mais
receberam socorro do governo
dos Estados Unidos, como o Citigroup, o JPMorgan Chase, o
Morgan Stanley e o Goldman
Sachs, estão interessados na
compra de papéis "podres" de
instituições rivais, aproveitando o programa estatal lançado
no mês passado, de acordo com
o diário "Financial Times".
O presidente-executivo do
Morgan Stanley, John Mack,
disse a funcionários que o banco estava estudando como se
tornar "uma das instituições
que podem comprar esses ativos e juntá-los de forma que
seus clientes possam ter acesso
a eles", ainda segundo o jornal
britânico. O banco recebeu US$
10 bilhões do governo no ano
passado, como parte do programa de US$ 700 bilhões de ajuda
às instituições financeiras.
O Morgan Stanley e o Goldman Sachs (que também recebeu US$ 10 bilhões) usariam
suas unidades de administração de fundos para fazer esses
investimentos.
Mais polêmica ainda seria a
participação do Citigroup.
Após injetar US$ 45 bilhões no
banco e garantir US$ 269 bilhões em uma série de ativos
"podres", o governo elevou para 36% a sua participação acionária na instituição. Pessoas
próximas ao banco disseram ao
"Financial Times" que ele ainda estava estudando se entraria
no programa estatal como
comprador, vendedor ou administrador dos papéis "podres".
No fim do mês passado, o Tesouro americano deu detalhes
sobre o seu plano para a compra de até US$ 1 trilhão (aproximadamente o PIB da Índia, a
12ª maior economia mundial)
de ativos "tóxicos" de bancos,
em uma tentativa de retirar esses papéis dos balanços das instituições para que elas voltem a
financiar consumidores e empresas.Pelo programa, que envolve dinheiro público e privado, o governo se compromete a
garantir e financiar cerca de
93% do investimento.
O deputado republicano (de
oposição) Spencer Bachus disse que vai apresentar projeto de
lei para impedir que os bancos
socorridos pelo governo dos
EUA participem do programa
de compra de papéis "podres".
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