São Paulo, quinta-feira, 04 de maio de 2006

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TRABALHO

Trabalhadores pedem 12% de aumento real

Operário da construção faz greve por tempo indeterminado em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Os trabalhadores da construção civil iniciaram ontem uma greve por tempo indeterminado na cidade de São Paulo por causa do impasse na campanha salarial da categoria, segundo informa o Sintracon (sindicato dos operários da construção civil).
Cerca de 650 obras, com 30 mil trabalhadores, foram atingidas pela greve, segundo representantes do sindicato. Os trabalhadores se concentraram em 21 pontos da capital, como na avenida Paulista (em frente ao Masp), no Morumbi, em Santo Amaro, em Moema e no parque Vila Lobos.
Para o Sinduscon-SP (sindicato da indústria), a greve teve a adesão de menos de 10% dos 225 mil trabalhadores da capital.
"Estamos surpresos porque as negociações não foram interrompidas, mas mesmo assim a greve foi deflagrada", disse o empresário Haruo Ishikawao, negociador trabalhista do Sinduscon-SP
Os trabalhadores pedem 12% de aumento real, além de reajuste para repor as perdas da inflação acumulada pelo INPC (entre abril de 2005 a maio deste ano). A estimativa dos sindicalistas é que o INPC fique em torno de 4%.
No ano passado, os trabalhadores fizeram greve de oito dias para fechar, com as construtoras, acordo salarial de 8,12% de reajuste -o que incluiu 2,12% de aumento real.
"Este é um ano eleitoral. Certamente, haverá liberação de mais recursos para verbas. Temos de aproveitar a oportunidade para negociar com os patrões e colocar esse ganho no bolso do trabalhador", diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato dos trabalhadores. (CR)

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