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TRABALHO
Trabalhadores pedem 12% de aumento real
Operário da construção faz greve por tempo indeterminado em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Os trabalhadores da construção
civil iniciaram ontem uma greve
por tempo indeterminado na cidade de São Paulo por causa do
impasse na campanha salarial da
categoria, segundo informa o Sintracon (sindicato dos operários
da construção civil).
Cerca de 650 obras, com 30 mil
trabalhadores, foram atingidas
pela greve, segundo representantes do sindicato. Os trabalhadores
se concentraram em 21 pontos da
capital, como na avenida Paulista
(em frente ao Masp), no Morumbi, em Santo Amaro, em Moema e
no parque Vila Lobos.
Para o Sinduscon-SP (sindicato
da indústria), a greve teve a adesão de menos de 10% dos 225 mil
trabalhadores da capital.
"Estamos surpresos porque as
negociações não foram interrompidas, mas mesmo assim a greve
foi deflagrada", disse o empresário Haruo Ishikawao, negociador
trabalhista do Sinduscon-SP
Os trabalhadores pedem 12% de
aumento real, além de reajuste
para repor as perdas da inflação
acumulada pelo INPC (entre abril
de 2005 a maio deste ano). A estimativa dos sindicalistas é que o
INPC fique em torno de 4%.
No ano passado, os trabalhadores fizeram greve de oito dias para
fechar, com as construtoras, acordo salarial de 8,12% de reajuste
-o que incluiu 2,12% de aumento real.
"Este é um ano eleitoral. Certamente, haverá liberação de mais
recursos para verbas. Temos de
aproveitar a oportunidade para
negociar com os patrões e colocar
esse ganho no bolso do trabalhador", diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato
dos trabalhadores.
(CR)
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