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Grande investidor aposta no Brasil e vê "era de ouro" no país
OLIVER LUDWIG
DA BLOOMBERG
Arthur Steinmetz, administrador do fundo internacional
de bônus de melhor desempenho dos Estados Unidos, está
comprando papéis da dívida
brasileira no que classifica de
"era de ouro" do Brasil.
O Oppenheimer International Bond Fund, que tem em sua
carteira US$ 6,7 bilhões, possui
6,7% de seus ativos investidos
no Brasil - a segunda maior
participação após a fatia dos
Estados Unidos.
A valorização de 74% do real
desde o ano de 2003 impulsionou o fundo de Steinmetz e fez
com que ele obtivesse retornos
médios anuais de 14,6% nos últimos cinco anos, o melhor resultado entre os dez fundos
mútuos concorrentes que compram papéis da dívida de vários
países do mundo, segundo dados compilados pela Bloomberg News.
As autoridades monetárias
do Banco Central do Brasil reduziram a taxa Selic para seu
recorde de baixa, de 12,5%,
após a taxa anual de inflação ter
desacelerado para cerca de 3%
até meados de abril passado. A
alta dos bônus brasileiros continuará à medida que o diferencial entre a taxa de juros oficial
e a inflação diminuir, disse
Steinmetz.
"No momento, estamos vivendo a era de ouro dos investimentos em bônus do Brasil",
disse Steinmetz, 48, em entrevista concedida em seu escritório na OppenheimerFunds Inc.
em Nova York. "Se você não
concordar com a minha teoria,
fique longe desse fundo."
O Brasil é o único mercado
emergente entre os cinco principais países nos quais Steinmetz tem fundos alocados.
A fatia de ativos investidos
em papéis do país, que passou
de 5,8% em junho do ano passado para 6,7%, inclui títulos da
dívida do governo e de empresas, além de papéis estruturados emitidos por bancos de investimento.
O Oppenheimer ofereceu um
retorno de 4,8% neste ano, abocanhando a primeira posição
do ranking entre os fundos de
sua categoria.
O Federated International
High Income Fund ocupa a segunda posição dessa lista, tendo rendido 3,9% neste ano e
13,5%, em média, nos últimos
cinco anos. O Federated possui
19,4% de seus ativos investidos
no Brasil, embora apenas 2,6%
do fundo corresponda a títulos
denominados em reais.
A maior parte dos papéis da
dívida brasileira do International Bond Fund está denominada em reais, o que significa que
os investidores que detêm esses títulos se beneficiam com a
valorização da moeda brasileira em relação ao dólar. O real
foi a divisa que mais se valorizou diante do dólar desde que
Lula assumiu a Presidência da
República, em 2003.
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