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Governo retoma a venda da folha de aposentados
INSS espera uma proposta dos bancos em 15 dias
JULIANNA SOFIA
LEANDRA PERES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo retomou a negociação com os bancos sobre a
venda da folha de pagamento
dos aposentados e pensionistas
do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social). O ministro Luiz
Marinho (Previdência) disse
ontem que espera uma proposta dos bancos no prazo de 15
dias. A Folha apurou que a
idéia é realizar um projeto-piloto no Estado de São Paulo,
onde há 4,477 milhões de beneficiários da Previdência.
Segundo relato de técnicos
envolvidos na negociação, a
venda da folha de pagamento
está programada para o segundo semestre deste ano. Uma
minuta de edital já começou a
ser discutida entre a Febraban
(Federação Brasileira de Bancos) e a área econômica, mas
ainda não chegou a ser apresentada a Marinho.
Com a experiência do Estado
de São Paulo, o governo quer se
certificar de que o modelo funcionará e não trará transtornos
aos beneficiários.
"O desejo é dar garantia total
desse serviço sem causar transtornos aos trabalhadores aposentados e pensionistas. Mas
nós precisamos discutir as bases desse serviço com os prestadores, que é a rede bancária.
A manutenção do custo da forma como está para a Previdência precisa ser interrompida",
declarou Marinho. Na quarta-feira, ele esteve reunido com
representantes dos bancos.
As negociações sobre a venda
da folha estavam sendo conduzidas pelos ministérios da Fazenda e da Previdência, mas
desaceleraram desde a reforma
ministerial. O ex-ministro Nelson Machado vinha participando das conversas, coordenadas
pelo ex-secretário-executivo
da Fazenda, Bernard Appy.
Machado agora ocupa o lugar
de Appy na equipe do ministro
Guido Mantega (Fazenda).
Inicialmente, o Tesouro Nacional chegou a esboçar um
modelo de venda da folha, que
previa leilão na rede bancária.
O país seria dividido em lotes,
que poderiam ser arrematados
por diferentes instituições financeiras. A Previdência manifestou forte rejeição à proposta, com medo de que a operação significasse interrupção de
serviços e tumulto no pagamento dos aposentados.
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